Polícia encontrou 28 estojos de munição 9 mm, e cinco projeteis, em frente ao estabelecimento na avenida Guaicurus
O comerciante Lucas Andrade Menezes, de 27 anos, conhecido como “Luquinha” foi morto a tiros na noite desta segunda-feira (3), em frente à sua conveniência, na avenida Guaicurus, no Jardim Universitário, Campo Grande. De acordo com boletim de ocorrência, a vítima foi surpreendida por uma dupla que chegou em um Fiat Palio bege já atirando.
Após os disparos, os suspeitos fugiram do local. Caído no chão, o comerciante chegou a ser socorrido por familiares e amigos, mas morreu logo depois de dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no mesmo bairro.
A Polícia Militar foi até o local e encontrou 28 cápsulas de munição 9 mm, e cinco projéteis.
Até o momento não há suspeitas do que pode ter provocado o ataque. A funcionária do estabelecimento forneceu o celular e o carregador que pertenciam ao dono da conveniência. Tudo foi apreendido para perícia.
Após o crime, o veículo que teria sido usado pelos suspeitos para executar Lucas foi encontrado pela polícia abandonado e incendiado na Rua Filomena Segundo Nascimento, no Jardim Itamaracá.
Moradores contaram à polícia que o veículo foi abandonado por um homem só. Ele desceu do carro, colocou fogo e foi embora. O veículo foi apreendido e encaminhado para a 4ª Delegacia de Polícia Civil.
O caso foi registrado como incêndio e homicídio qualificado pela traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível à defesa do ofendido.
VINGANÇA
Luquinha é acusado de ter matado Igor Pereira de Faria Duarte, 24 anos, em 2019. O crime aconteceu na madrugada do Natal.
Na época, o corpo de Igor foi alvejado por, ao menos, três disparos. Ele estava na calçada na Avenida Guaicurus, no Bairro Universitário.
De acordo com a delegada, Sueili Araujo, da 4ª Delegacia de Polícia Civil, o caso está sob três linhas de investigação. A primeira delas seria uma vingança pela morte de Igor, ocorrida em 2019. A segunda seria uma briga em um pagode na noite de domingo (2). A terceira linha é de que a morte de Igor pode ter ligação com a execução de ontem (3), no Bairro Aimoré.
Conforme consta no processo, Lucas havia se desentendido com Igor no estabelecimento comercial após não aceitar vender mais bebida alcoólica para a vítima, pois ele não teria dinheiro suficiente para pagar a ‘dívida’ criada.
Na denúncia, a vítima teria ido embora e, por volta das 4h da madrugada, teria sido alcançado pelo suspeito, que disparou vários disparos, provocando sua morte na Avenida Guaicurus. No dia seguinte ao crime, Lucas teria se apresentado a 4° Delegacia de Polícia Civil e apresentado a arma, alegando haver comprado recentemente para sua defesa pessoal.
No entanto, ele foi inocentado por falta de provas pelo crime de homicídio qualificado, mas teria sido condenado pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, mas permanecendo em liberdade em regime aberto, prestando serviços comunitários.
Em relação a passagens pela polícia, além de ser suspeito do homicídio, houve registros de contravenções penais e quando adolescente teve passagens por receptação e crimes de trânsito.