Responsável pelas mortes das próprias filhas, de 6 e 10 anos, na cidade de Edéia, em Goiás, Izadora Alves de Faria não demonstrou arrependimento pelos crimes.
De acordo com informações da polícia local, divulgadas pelo g1, a criminosa confessou os assassinatos e deu detalhes da execução sem chorar ou exibir tristeza pela perda das crianças.
Responsável pelas mortes das próprias filhas, de 6 e 10 anos, na cidade de Edéia, em Goiás, Izadora Alves de Faria não demonstrou arrependimento pelos crimes.
De acordo com informações da polícia local, divulgadas pelo g1, a criminosa confessou os assassinatos e deu detalhes da execução sem chorar ou exibir tristeza pela perda das crianças.
“Na cabeça dela, ela tinha feito um bem para as crianças. Ela acha que livrou as meninas de viver uma vida que ela viveu”, disse o delegado responsável pelo caso, Daniel Moura.
Izadora foi localizada ferida em um matagal próximo à casa da família, com sinais de que havia tentado o suicídio. Ela foi levada a um hospital da região, onde ficou sob escolta e foi ouvida pela polícia.
Na última quarta-feira (28), ela foi encaminhada ao presídio de Israelândia. Após passar por audiência de custódia, a criminosa teve a prisão convertida para preventiva.
Responsável pela decisão, o juiz Hermes Pereira Vidigal considerou que a mulher agiu de forma “fria, repugnante e cruel” e avaliou que ela oferece risco se permanecer em liberdade.
Entenda o crime
Izadora admitiu ter envenenado, afogado e esfaqueado as filhas Maria Alice, de 6 anos, e Lavínia, de 10, na última terça-feira.
“Ela confessou o crime, o modo como ela matou as crianças. Segundo ela, de início, ela tentou dar veneno, mas como ela viu que não iria funcionar, ela levou as crianças para uma caixa d’água, que fica em frente à casa, e tentou eletrocutar as crianças com uma extensão ligada à rede elétrica. Como ela viu que não ia dar certo, ela desligou a extensão e foi lá na caixa d’água e afogou as crianças”, disse o delegado.
“Quando as crianças estavam desacordadas, ela tirou as duas da caixa d’água e as colocou num colchão. Para certificar que tinha matado elas, ela deu um golpe de arma branca”, completou.
Os corpos das garotas foram encontrados sobre um colchão na garagem pelo pai, que havia voltado para casa no horário de almoço.
Em depoimento, o rapaz contou que havia tido uma briga com a esposa um dia antes do episódio. Nela, Izadora teria ameaçado matar as filhas e tirar a própria vida.
“O pai falou que o relacionamento dos dois estava conturbado e ela precisava fazer tratamento psiquiátrico porque não estava bem”, relatou o delegado.
A criminosa deve responder por homicídio qualificado, com aumento de pena pelo fato de as vítimas serem menores de 14 anos e filhas dela. Se condenada, pode pegar até 100 anos de prisão.