Candidato ao Governo do Estado, ele falou sobre o tema no debate da TV Morena
Eduardo Riedel (PSDB), candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul pela Coligação Trabalhando por um Novo Futuro (Número 45), falou ontem à noite pouco, no debate da TV Morena, sobre a necessidade de uma ampla reforça tributária nacional. Para ele, este é um fator essencial para reorganizar a questão tributária nos estados.
“Este é um dos temas que despertam a minha preocupação, e que serão alvos de minha atenção nos próximos anos, esta necessidade de uma reforma tributária nacional que alivie o empresariado e possibilite mais segurança nos investimentos”, afirmou.
Para ele, é muito fácil prometer redução de impostos, quando, na verdade, a questão é mais ampla. “Por isso, eu vou brigar muito por esta reforma tributária nacional. O país está se arrastando neste tema há décadas. Vivemos uma selva tributária, uma carga alta em todo o país, onde cada estado faz sua regulamentação específica, criando diferentes barreiras e um sistema difícil e complexo para as empresas. Isso é uma âncora que segura o desenvolvimento das empresas”.
Quando mais enxuto e eficiente for o Estado, maior a tendência será a de buscar uma redução tributária para ter mais competitividade. “Mas, temos que simplificar a legislação brasileira como um todo. Não podemos mais conviver com este ambiente inóspito e inaceitável para o setor produtivo brasileiro”, afirmou.
Para Riedel, é preciso enxugar a burocracia fiscal que manieta o desenvolvimento e inibe o empresariado. “Excesso de impostos gera redução nos investimentos e, em consequência, diminui a oferta de empregos. Vamos estar atentos a isso”, garantiu.
Riedel também afirmou que a questão não pode ser tratada de forma eleitoreira, com promessas vazias. “Nos oito anos do ex-governador André Puccinelli, por exemplo, a média de participação da arrecadação no PIB foi de 11,18% (Fonte: IBGE e SGE/RREO) contra 10,72% dos sete anos e meio anos do Governo de Reinaldo Azambuja”, disse o candidato.
O ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, tem dito durante a campanha que o Governo do Estado tem sido um “Leão” na arrecadação de impostos. Na verdade, segundo o IBGE e o SGE/RREO, só o IPTU pago pelos campo-grandenses teve um aumento real (descontado a inflação) de quase 37% (36,36%) entre 2017 e 2021. É um valor alto, especialmente quando se leva em conta que a evolução do salário mínimo no mesmo período citado foi de apenas 7,5% Os impostos municipais subiram em muito maior proporção. O ISS subiu 23,63%. O ITBI subiu 47,32%. As Taxas e Contribuições de Melhoria subiram 20,47%.