Ezequiel Ramos foi preso em maio deste ano após ter ameaçado a ex-mulher Michelli Nicolich com uma arma. O homem deverá passar por audiência de custódia nesta terça-feira (13) após ter sido preso em flagrente.
Ezequiel Lemos Ramos, de 39 anos, preso em flagrante após matar a tiros a ex-mulher e o filho caçula, em São Paulo, está no quarto ano de Medicina e morou durante 5 anos em Ponta Porã (MS), cidade que faz divisa com Pedro Juan Caballero, no Paraguai. O homem tinha registro de CAC (colecionador de armas, atirador desportivo e caçador).
Ele foi preso após atirar contra o carro onde estavam Michelli Nicolich, de 37 anos, e dois filhos deles, de 2 e 5 anos. O veículo chegou a bater num poste perto da escola infantil onde as crianças estudavam.
O assassino havia sido preso em Ponta Porã em maio deste ano, após ter ameaçado a ex-mulher com uma arma. Conformo registro policial, durante uma discussão por ciúmes o preso teria ameaçado atirar contra a cabeça da vítima.
Michelli contou à polícia que estava desconfiada que o marido pudesse estar traindo ela, além de ser ameaçada de morte, o preso também teria agredido a vítima com um soco no rosto.
Durante a discussão, Michelli contou que o marido teria dito que era mais seguro se distanciar. “Vou ficar longe de você pra não dar um tiro na sua cara, para eu não ser preso; assim é fácil morrer, não preciso pagar pistoleiro, eu mesmo faço”, ameaçou Ezequiel. Desesperada, a vítima acionou a polícia.
Ainda conforme o registro policial, na delegacia ele voltou a ameaçar a vítima dizendo: “Você é louca de fazer BO. Se você abrir a boca e fazer BO, você vai ver”.
Ezequiel tinha documentos para ter um fuzil, uma pistola e uma espingarda. Já naquela época, a delegada que atendeu o caso, Marianne Cristine de Sousa, alertou a justiça sobre o risco em deixar Ezequiel solto.
“O acusado, com fácil acesso às armas de fogo e um verdadeiro arsenal, poderia a qualquer momento ceifar com a vida de sua companheira e de seus dois filhos menores, de modo que é notório que o mesmo poderá continuar delinquindo no decorrer da persecução penal caso mantido em liberdade, tendo em vista notícias fornecidas pela vítima de que o autor já matou cerca de três pessoas e continuou impune, mudando de cidade”.