Sabendo que o orçamento de Campo Grande não terá aumento real em 2023, é previsível saber que a cidade, infelizmente, não vai sair do buraco fiscal que se encontra e, se depender dessa gestão municipal desastrosa, as coisas tendem a piorar no ano vindouro.
Apesar de aumentar os valores nominais despendidos para quase todas as pastas, a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2023 e o aumento de 13% no orçamento mantêm os índices de investimento nas diversas áreas estabilizados em relação a este ano.
Já em relação ao percentual endereçado aos setores, a fatia destinada para Saúde, Cultura e Transporte ficará menor. Três pastas que nos últimos anos vêm piorando drasticamente o atendimento ao público.
No quesito Saúde a nossa população sofre cada vez mais, não tem médicos suficientes e a falta de medicamentos se tornou uma constante. Unidades de saúde caindo na cabeça dos pacientes, farmácias fechadas, de 4 a 6 horas para conseguir uma consulta, fila de espera para procedimentos cirúrgicos, então, chegam a 2 anos, muitos dos que aguardam não vão resistir a este prazo. É o caso de quem precisa fazer um cateterismo. Trágico, irresponsável, insano e sem nenhuma perspectiva de melhora para 2023.
Mas, pasmem, senhoras e senhores, a prefeita Adriane Lopes – mesmo recebendo queixas de todos os lados de que estaria mantendo cerca de mil 10 pessoas empregadas em cargo de comissão e agentes públicos e de que a maioria deles serve apenas para fazer campanha para o ex-prefeito Marcos Trad – aumentou a despesa com pessoal, que ficará 17,15% maior no ano que vem.
O inchaço na máquina do município e sua ineficiência são claros, pois os bairros, parques praças estão abandonados; o asfalto da Capital parece um queijo suíço; 35 obras paralisadas; servidores brigando por reajuste e a chefe do executivo não tem de onde tirar recursos para atender nenhuma destas necessidades.
Sem dinheiro para tocar a máquina, não se sabe ao certo se o terá para pagar o 13º este ano, pois já antecipou a receita. É fácil presumir que 2023 será um ano de amargura, paradeira e mais reclamações. Mas esse estado de coisa não abala nossa prefeita, que vira e mexe está participando de “bandeiraços” nas esquinas da área central em prol de Marcos Trad, candidato ao governo, como se vivesse em uma cidade plena, uma Amsterdã.
Pior que isso, se ela não tomar as rédeas da prefeitura e limpar os apaniguados, amigos e todos os indicados pelo seu antecessor, vai acabar se tornando a responsável por afundar a cidade em um situação que vai demorar mais de uma década para voltar ao normal.
Ainda mais com alta de quase R$ 1 bilhão na folha de pagamento nos últimos quatro anos. Em 2018 a prefeitura de Campo Grande gastava pouco mais de R$ 1,8 bilhão anualmente com o pagamento de folha salarial.
Em relação ao orçamento deste ano, o aumento maior será no gasto com pessoal. De acordo com a lei apresentada na Câmara, o valor salta de R$ 2,251 bilhões para R$ 2,637 bilhões. A cidade não consegue cumprir a determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) de comprometer até 51,30% em gastos com pessoal. Atualmente, o município atinge 56,4%, o que pode configurar crime de responsabilidade ao final do mandato.
Fuja, prefeita. Fuja que sempre é tempo. Lute contra esse mal, estoura suas amarras, grita, esperneia, pede ajuda, mas não se omita. A vida é movimento, caminhe ao lado de quem faz a coisa certa ou caminhe só, para frente, sempre. Muitas vezes se afastar de algo que nos prejudica não será covardia, tampouco insegurança, mas sim um ato de sensatez e responsabilidade. Não se deixe ser induzida por pessoas que não têm capacidade e que não acrescentam nada em termos de gestão.
O errado é sempre errado, independente se todo mundo faça, como o certo é certo, independente se ninguém faça. Procure fazer sempre o melhor, realizando uma administração com justiça, inclusão social e reponsabilidade!
Tenho dito!