A praça no Jardim Tijuca é uma reivindicação antiga dos moradores do bairro da região oeste de Campo Grande. Após 4 anos, o vereador de Campo Grande, Papy (SOLIDARIEDAE), começa a ver o sonho a ser concretizado e virar um espaço de lazer e cultura que vai atender cerca de 14 mil pessoas do Tijuca I e II, e região.
“Batalhamos muito para ver essa praça sair do papel. Busquei apoio com a deputada Tereza Cristina, também consegui apoio da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) que já está fazendo a licitação. Se tudo der certo, vamos fazer a entrega até o fim do ano”, afirmou Papy.
O investimento será de R$ 1.064.767,36, sendo R$ 960.019,00 oriundos do Ministério do Turismo e R$ 104.748,36 de contrapartida do governo do estado. A verba federal foi intermediada com a ajuda da ex-ministra da Agricultura e deputada federal, Tereza Cristina (PP).
“A praça tão sonhada pelos moradores e pedida pelo vereador Papy a mim, como deputada, através de uma emenda que mandei para o governo do estado foi licitada. Esse é um pedido dos moradores ao vereador, que fez chegar até mim que ajudei a viabilizar esse sonho”, disse a deputada.
A designer de unhas Jaqueline paixão de Almeida, de 33 anos, mora no bairro desde que nasceu. Hoje, a casa dela fica quase do lado de onde será construída a praça e a ansiedade está enorme para ver o empreendimento concluído.
“Traz mais prestígio para nosso bairro e lazer para nossas crianças. Também vai melhorar a economia do bairro porque vai ajudar muito os comerciantes locais, além de termos uma área de lazer para que possamos passear com nossa família”, disse Jaqueline.
Também nascido no bairro, o técnico de enfermagem Luiz Fernando de Jesus Batista, de 24 anos, deposita um propósito social na praça do bairro Tijuca. “Será bem vinda, pois vai tirar as crianças da rua. Vai ter um lazer aos finais de semana, onde as pessoas vão poder tomar seu rico tereré e as pessoas vão poder interagir melhor”, ressaltou.
Conforme o projeto que será executado pela Agesul, a praça vai dispor de campo de futebol para campeonatos, quadra poliesportiva com equipamento de futsal e basquete, quadra de vôlei de areia, pista de skate completa, parquinho, pista de cooper, calçamento com rampas de acessibilidade, áreas de convivência, paisagismo e iluminação.
História de Moradores
Pioneira do Tijucas II disse: minha primeira casa no bairro foi embaixo de uma árvore
Alice Santos da Paixão, 65 anos, viúva, mãe de três filhos, chegou para morar no bairro no ano de 1986. Ela conta que sem condições para pagar aluguel, aventurou-se a pegar um lote em comodato no jovem bairro Tijucas II que estava se formando.
Na época, o marido ainda era vivo, eles vieram com a cara e a coragem. “A gente não tinha nada, só a vontade de construir uma vida, o pessoal que marcou o lote disse que eu precisava mudar urgente para o local, do contrário o lote seria passado a outras pessoas”, disse.
A moradora contou que, com os pouquinhos de tralhas que tinha, viu uma grande árvore no seu quintal e ali foi sua casa. “Eu não pensei duas vezes, fiz um fogareiro, arrumei o colchão no chão e debaixo daquela árvore começou minha moradia até as coisas se ajeitarem”, completou.
Alice estava grávida do seu primeiro filho, ela passou muitas dificuldades e medo, já que o lugar era muito deserto, e sem energia elétrica o jeito era clarear com a luz de vela. “A coisa ficava feia e quando eu ficava sozinha, pois meu marido viajava a serviço, eu era obrigada a ficar, tomando conta do lote. O pior, segundo Alice, era o período da noite, quando ela ouvia muitos gritos de pessoas pedindo socorro, muita gente se movimentando perto de casa. “Eu tinha medo de que alguém mexesse comigo, mas graças a Deus nunca me incomodaram”, disse. Ela é uma das moradoras mais antigas do Tijucas II e mesmo sem ter asfalto em sua rua ela considera que as coisas mudaram para melhor, desde que chegou ao bairro aos dias atuais.