Seis votos contra Trutis, foram suficientes para levar a julgamento por falsa comunicação de crime, porte e disparo de arma de fogo
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, com 6 ministros favoráveis e 0 contrário, para transformar em réu o deputado bolsonarista Loester Trutis (PL-MS). Ele é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter forjado o próprio atentado à bala. A votação foi realizada nesta sexta-feira (12), em sessão virtual.
Votaram os ministros Rosa Weber, relatora do inquérito, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Edson Fachin e Carmen Lúcia, o que tornou Trutis réu.
Seis votos dos 11 ministros contra o parlamentar e seguindo a relatora Rosa Weber, foram suficientes para levá-lo a julgamento por falsa comunicação de crime, porte e disparo de arma de fogo.
Ainda não há data marcada para o próximo julgamento do então deputado, que poderá ser dado como culpado ou inocente das acusações – se algum ministro que já votou mudar o voto. O julgamento começou dia 5 de agosto e o prazo termina na próxima segunda-feira (15).
Loester foi eleito em 2018 sob a bandeira da nova política e com propostas conservadoras, defendendo as ideias do presidente Jair Bolsonaro sobre o armamento da população. Ele está em seu primeiro mandato na Câmara e já ocupou a vice-liderança do governo na Casa.
O réu, que é candidato à reeleição, caso seja condenado, deverá ter o atual mandato cassado e ficar inelegível por até oito anos. Se conseguir se reeleger, não deverá ser diplomado pela Justiça Eleitoral.
O caso começou a ser investigado no ano passado, quando o deputado bolsonarista afirmou ter sido vítima de uma “emboscada” na rodovia BR-060, entre Sidrolândia (MS) e Campo Grande (MS). O carro que era dirigido por um assessor foi atingido por tiros nos vidros traseiros e na lateral.
O próprio parlamentar postou imagens do veículo nas redes sociais e se dirigiu à Superintendência da Polícia Federal, onde formalizaram a denúncia de suposta tentativa de homicídio. Mas, de vítima, o parlamentar passou a investigado. Segundo a Polícia Federal, o atentado não ocorreu, portanto, não houve crime contra ele.