Sobrinho do ex-prefeito Marquinhos Trad, acusado de assédio, ele defendeu o tio na Câmara
Advogado e vereador em Campo Grande, Otávio Trad (PSD), que exerce seu terceiro mandato, discursou na última terça-feira (2), durante Sessão Ordinária, na Câmara Municipal de Campo Grande e disse que assédio não deve ser considerado um estupro, muito menos crime. Ele é sobrinho do ex-prefeito de Campo Grande – e pré-candidato ao Governo do Estado – Marquinhos Trad, que recentemente foi denunciado por assédio’ sexual.
“Imputar questões pessoais como se assédio fosse, estupro, e até mesmo questões criminais… não podemos admitir”, disse Otávio Trad. Na mesma linha, Marquinhos nega os fatos alegando ‘perseguição política’, embora tenha confirmado um caso extraconjugal dentro do gabinete.
Uma das denunciantes, que na época tinha 17 anos e era estagiária, retirou a queixa com medo de “perseguição”, e alguns meses depois acabou sendo nomeada sem concurso público na Prefeitura.
Cerca de 9 mulheres (e o marido de uma delas) acabaram procurando a Polícia Civil, que abriu inquérito, que tramita em segredo de justiça na DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), em Campo Grande.
O assédio sexual exige que o criminoso use sua condição de ocupar cargo superior no local de trabalho de ambos, com objetivo de constranger a vítima a lhe conceder vantagem sexual. Por exemplo, chefe que ameaça demitir secretária, se ela não atender seus convites para saírem juntos.
E o que diz a lei sobre estupro?
O estupro de acordo com a lei é um crime intrincado em sentido abrangente que causa o constrangimento ilegal de uma pessoa (homem ou mulher) com o objetivo específico em obter a conjunção carnal ou quaisquer outros atos libidinosos. Lei nº 12.015/09 passou a definir, mediante seu artigo 213.