A pré-candidata ao governo do Estado, deputada federal Rose Modesto (União Brasil MS), percorreu a Feira Central, panfletou e ouviu as reivindicações da população neste sábado (30), em Três Lagoas. “Eu quero e vou cuidar de Mato Grosso do Sul. Um estado como o nosso não pode ser tão desigual. MS precisa ser bom para todos. Eu não quero inventar a roda e, sim, fazer a roda girar mais rápido, dando atenção à saúde, estudando o que pode ser feito para diminuir a carga tributária e cuidar da agricultura familiar. Um estado com terras tão boas não pode consumir cerca de 70% dos hortifrutigranjeiros de outros estados, já que aqui somos o celeiro do agronegócio”, explica.
Um olhar de cuidado para a saúde é o que Mayara Rios, 37 anos, acredita que Mato Grosso do Sul precisa. Ela mora em Três Lagoas com o marido há cinco anos. “Eu sou mãe de uma criança especial que precisa de tratamento e aqui (Três Lagoas) é difícil conseguir vaga e não tem médicos especialistas. A alternativa é ir para o interior de São Paulo buscar atendimento. Nós precisamos de políticos que cuidem do social e acredito que uma mulher terá esse olhar que precisamos tanto aqui no Estado”, explica.
Já o feirante Paulo Bittencurt, 45 anos, que trabalha na área há 27 anos, comenta que são desumanos os impostos pagos em Mato Grosso do Sul. Ele explica que, em São Paulo, a venda de frutas, que é o caso dele, não é tributada, mas, ao atravessar para o Estado, tem que pagar 11,2% sobre a nota fiscal. “Com todos esses tributos, nós, feirantes, ou melhor, todos os comerciantes aqui de Três Lagoas, acabamos aumentando o valor na banca para compensar o que perdemos com a barreira”, argumenta. O feirante criou os dois filhos com o sustento que conseguiu nas feiras.
Além da saúde, a alta carga tributária que impede a competição com o estado vizinho e a falta de atenção à agricultura familiar foram alguns dos pedidos feitos pela população de Três Lagoas à pré-candidata Rose Modesto.
Para o feirante Júlio Cesar Saito, 46 anos, que faz parte da Associação dos Agricultores Familiares do Assentamento 20 de maio, ainda falta muito incentivo para a agricultura familiar, principalmente no período da pandemia, onde a maioria dos compradores interromperam seu funcionamento ou fecharam. “Quem mais sofreu na pandemia foi o agricultor familiar, pois as escolas fecharam, os bares, até a própria feira deu uma pausa. Nós não temos incentivo, acesso à tecnologia e não conseguimos escoar a produção. Nós perdemos muito com atravessadores. Temos que vender barato, o atravessador é o que mais ganha e, lá na ponta, o consumidor é que sofre com o aumento do valor. As duas pontas saem perdendo”, comenta.