Portaria assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Gustavo Torres, autoriza a atuação de policiais da Força Nacional de Segurança em três cidades sul-mato-grossenses palco de recentes conflitos entre indígenas e fazendeiros.
De acordo com a publicação, os servidores serão encaminhados aos municípios de Amambai – onde em junho houve confronto e uma pessoa morreu -, Naviraí e Caarapó.
A medida teve início na quarta-feira (27/7) com validade até 31 de dezembro deste ano, conforme consta na edição de hoje (28/7) do Diário Oficial da União.
Conforme o Ministério da Justiça, os trabalhos vão ocorrer em apoio à Polícia Federal nessas localidades no que diz respeito as “atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado”, diz trecho da portaria.
Após reunião com o MPF, lideranças da aldeia Amambai concordam com a realização de nova eleição
Portaria assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Gustavo Torres, autoriza a atuação de policiais da Força Nacional de Segurança em três cidades sul-mato-grossenses palco de recentes conflitos entre indígenas e fazendeiros.
De acordo com a publicação, os servidores serão encaminhados aos municípios de Amambai – onde em junho houve confronto e uma pessoa morreu -, Naviraí e Caarapó.
Conflitos
No dia 24 de junho, Vito Fernandes, 42, acabou morto após confronto entre indígenas e policiais militares do Batalhão de Choque.
O fato ocorreu na Fazenda Borda da Mata, em Amambai, após ocupação da propriedade, que fica às margens da MS-156.
Durante a ação, 11 pessoas ficaram feridas, oito delas indígenas e três policiais.
Em entrevista concedida à imprensa no dia do fato, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, disse que os policiais militares do Batalhão de Choque foram recebidos a tiros no momento que atendiam ocorrência na propriedade rural.
O titular da pasta afirmou ainda que o problema ocorrido em Amambai não era relacionado a conflito por terra entre moradores da reserva local e fazendeiros, mas sim, provocado por pessoas que deixaram as roças de maconha no Paraguai e tentavam destituir lideranças da região para comandar o espaço.
Um dia antes, mas em Naviraí, grupo de aproximadamente 30 indígenas ocuparam a Fazenda Tejui. Na ocasião, de acordo com ocorrência registrada, moradores do local foram expulsos da casa onde estavam.
Acionada, a Polícia Militar conseguiu controlar a situação. Nessa situação não houve feridos.
Já em Caarapó, servidores da Força Nacional vêm prestando serviço para evitar confrontos na região onde, em junho de 2016, resultaram na morte de Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza.