Atrasos, superlotação, desconforto, falta de veículos e, para completar, a greve na terça-feira (20). É nesse cenário que os usuários de ônibus de Campo Grande podem receber nos próximos dias a notícia de que passagem aumentou.
O Consórcio Guaicurus cobra reajuste tarifário do Executivo. O último aumento dado pela administração da cidade foi em 12 de janeiro último, quando o valor principal da passagem chegou ao atual patamar, de R$ 4,40.
Há época o então prefeito Marcos Trad, de forma populista, afirmou que não daria mais reajustes este ano, mesmo com os frequentes reajustes do diesel e avisos da concessionária que a situação financeira do grupo estava à beira do colapso, a decisão beira a irresponsabilidade.
O ex-prefeito não contabilizou as transformações em Campo Grande durante o período que esteve comandando o Executivo, o que inclui aumento significativo na frota de carros, motos e caminhonetes, além do transporte por aplicativos que circulam diariamente pela cidade. Soma-se ainda o agravante dos buracos que tomam conta de ruas e avenidas
Marcos Trad sabia que no ano passado, por exemplo, a Agereg (Agência Municipal de Regulação) já indicava tarifa de R$ 5,15 e estima-se que esse valor já tenha superado os R$ 6. Há duas semanas, novos cálculos da agência indicavam que o valor ideal de passagem seria de R$ 5,98, diante do aumento no óleo diesel, principalmente. Atualmente, esse valor já passaria de R$ 6,00 e chegaria a até R$ 6,16.
Aliás, mesmo se dizendo contra a paralisação e assinado o mandato de segurança para pôr fim à greve dos motoristas, veio a calhar para o Consórcio Guaicurus essa sequência de fatos, já que amanhã deve acontecer reunião com a prefeita Adriane Lopes, onde os empresário vão tenta sair de lá com o reajuste da tarifa.
E este é mais um das dezenas de ‘abacaxis’ que a prefeita terá que descascar. Ela terá que ter jogo de cintura. Ontem ela afirmou que na sexta-feira iria discutir se haverá reajuste, mas não o rompimento do contrato, também citou que o município está em dia com o consórcio e que o problema é nacional.
Vamos esperar o resultado deste encontro, na esperança de que Adriane Lopes, tenha boa vontade, inclusive se esforce para se chegar a uma solução que não passe por aumento de tarifa. Com o último reajuste determinado por Marcos Trad, Campo Grande passou a ter a quarta maior tarifa entre as 26 capitais, além de Brasília. Se chegar a R$ 6,16, a Capital vai passar a ter a tarifa de ônibus mais cara do Brasil. Durma com um barulho desse!
Tenho dito!!