O ex-diretor presidente da Fundação de Desporto e Lazer do Mato Grosso do Sul (Fundesporte) Marcelo Ferreira Miranda, falou em entrevista exclusiva ao JORNAL FOLHA DE CAMPO GRANDE sobre os avanços que o esporte obteve no Estado nos últimos anos. Miranda conhece a fundo os bastidores do esporte, pois foi atleta de handball, técnico, arbitro, conselheiro federal de Educação Física e com gerenciamento foi um dos poucos que esteve presente ao longo dos dois mandatos do Governador Reinaldo Azambuja, totalizando 7 anos à frente, com competência técnica. Segundo ele, sua gestão foi pontuada pela característica de buscar junto à comunidade esportiva as necessidades enfrentadas por cada categoria, ouvindo as críticas e sugestões para assim buscar soluções que atendam a todos. Com uma equipe técnica a Fundesporte tem em sua tomada de decisões a realidade do meio esportivo local, assim como a ciência dos potenciais a serem explorados no Estado. Ele revela que é com essa percepção que a Fundesporte investe cada vez mais em eventos esportivos e esportes de aventura que tenham como cenário as belezas naturais do Mato Grosso do Sul. Marcelo como pré-candidato a Deputado Estadual pretende levar sua experiência de 20 anos no Conselho Federal de Educação Física, 22 anos como professor Universitário, sete anos à frente da Fundesporte e empresário a bancada estadual e desta forma continuar contribuindo para que cada vez mais atletas sul-mato-grossenses tenham condições de se destacarem no cenário nacional, contando com uma infraestrutura alicerçada pela união do Estado e município. Sendo eleito, Miranda afirma que dará continuidade aos projetos em prol do esporte sendo um deles, pleitear junto ao governador eleito a entrega de uma arena esportiva para 15 mil pessoas. “Eu já conversei com o Eduardo Riedel, o nosso pré-candidato ao Governo do Estado, e ele abraçou o projeto que custará R$35 milhões de reais”, explicou o ex-diretor que havia já preparado o projeto. Miranda afirmou ainda que sua pré-campanha saiu aos “45º do 2º tempo”, mas está pautada na transparência, na democracia de forma universal e responsável.
FOLHA DE CAMPO GRANDE – Quais o avanços que o senhor destaca à frente da Fundesporte? O que faltou concretizar?
MARCELO MIRANDA – Encontramos uma situação crítica do esporte com a falta de uma política pública de estado para a área e assim sendo nos deparamos com clubes sucateados, federações sem apoio, baixíssima participação dos municípios nos jogos escolares, infraestrutura esportiva abandonada, falta de programas esportivos públicos e dificuldade de acesso aos recursos públicos. Me orgulho de dizer que conseguimos atender a todos esses pontos. Sabemos que temos muito ainda a ser feito, mas avançamos muito, acredito entre os principais desafios de uma próxima gestão será a recuperação e fortalecimento dos clubes, modernização da infraestrutura e principalmente a consolidação dos programas que foram criados.
FCG – O senhor é um desportista nato, quais as causas da decadência do futebol em MS nas últimas décadas, e o que pretende fazer uma vez eleito?
MM – Entendo que seja uma conjunção de fatores: falta de apoio privado, legislação inadequada que estabeleceram exigências exageradas e que enfraqueceram os clubes e dificuldades na gestão. Importante dizer que o estado fez a sua parte, se não fosse o apoio do estado os clubes não teriam como participar do campeonato estadual.
FCG – Trabalho à frente da Funderporte lhe deu notoriedade para ser candidato, o senhor já estava planejando a candidatura?
MM – Toda minha vida dediquei ao desenvolvimento da minha profissão, desde a luta pela regulamentação da educação física, minha vida na universidade focada na formação de profissionais competentes e compromissados e no governo, fiz gestão buscando resultados para a população. Não pensava nessa possibilidade de me candidatar. Fiquei muito feliz de perceber que a comunidade esportiva reivindicou minha candidatura, e também feliz por poder defender o legado de um governo responsável, transparente e municipalista.
FCG – Caso eleito deputado, além do desporto quais as áreas que o senhor vai militar?
MM – Sou um estudioso do esporte e da atividade física, e apaixonado pelos resultados que ele pode trazer, o esporte, quando bem orientado, interfere em todos os ciclos da vida: salva a criança da violência das ruas, de mendigarem no sinal, da baixa escolaridade, do trabalho precoce; salva o adolescente, da droga, do crime, da desigualdade social; salva o adulto da doença crônica, da depressão; salva os idosos do sedentarismo e do isolamento social. Estudando a transversalidade do esporte, me aprofundei em diversas áreas, como a educação, saúde, assistência social e segurança. Me sinto preparado para propor ações em todas essas áreas.
FCG – Como o senhor avalia a candidatura de Eduardo Riedel ao Governo do Estado?
MM – Muito do sucesso das nossas ações, bem como de todas as áreas do governo, devemos ao ex-secretário Eduardo Riedel. Admiro muito sua visão de mundo, capacidade de gestão e a incrível disposição para buscar um Mato Grosso do Sul melhor. Não tenho dúvida que é a melhor opção.
FCG – Mato Grosso do Sul está entre os Estados que mais crescem no Brasil, a quem se deve este resultado?
MM – E o importante é que esses resultados são em praticamente todas as áreas, mesmo pegando o governo com um déficit enorme, passando por crises históricas e uma pandemia os resultados de MS são impressionantes. Isso se deve a uma gestão pautada na responsabilidade. Não teve politicagem nem populismo, foi um governo responsável e transparente, temos que render homenagens ao governador Reinaldo Azambuja e ao ex-secretário Eduardo Riedel.
FCG – Suas considerações finais…
MM – Quero dizer a toda comunidade esportiva que foi muito difícil tomar essa decisão, por ter que deixar a Fundesporte num momento de muitas entregas, mas tenho a certeza que a forma de gestão implantada terá continuidade e que, tendo êxito nesse novo desafio, poderei contribuir ainda mais para um MS melhor. Minha pré-campanha saiu aos “45º do 2º tempo”, mas está pautada na transparência, na democracia de forma universal e responsável.