Quando a prefeita Adriane Lopes fez o juramento na Câmara de Vereadores de Campo Grande ao assumir a prefeitura no dia 4 de abril, afirmou que seguiria par e passo a ‘gestão’ do ex-prefeito Marcos Trad. E INFELIZMENTE para os mais carentes, a plebe rude, aqueles que mais necessitam de ações humanitárias por parte do poder público, ela vem cumprindo a risca a palavra.
Marcos Trad que repetia um mantra, ‘Campo Grande não tem favelas’, apesar de toda sua experiência na política, das duas uma: Ou ele era mal informado, ou não considerava os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de favelas em Campo Grande saltou de apenas três para 38 nos últimos dez anos.
Pelo andar da carruagem o mesmo mantra deve ser reeditado pela atual chefe do Executivo, já que desconhece ou faz vistas grossas ao avanço dessas áreas que mostram não apenas o crescimento populacional e da cidade, mas também o aumento das dificuldades financeiras e de políticas públicas que não dão conta das demandas dos considerados sem-teto.
Desde o início de 2022, quase todas semanas vemos imagens da desocupação de famílias em todas as regiões cidade. É possível atestar a ação realizada pela Prefeitura em conjunto com a Guarda Civil Municipal. E as derrubadas dos barracos feitas com máquinas, cavadeiras, patrolas não consideram enfermos acamados e deficientes físicos, crianças e idosos, todos necessitados de alimentos, acessórios de higiene e itens de primeira necessidades.
E as desocupações não são de forma alguma uma cena boa de se apreciar. É possível ver moradores com objetos nas costas, ouvir gritos de mulheres e crianças, que como lixo são descartados a céu aberto.
Nesta semana foi divulgado que aproximadamente 33,1 milhões de brasileiros passam fome no Brasil em 2022, ou seja, estão sujeitos à insegurança alimentar grave. O número equivale a 15,2% da população do país. Os dados são do 2º Inquérito Nacional Sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil.
Adriane Lopes poderia parar de seguir essa ‘cartilha perversa, irresponsável e desumana’ e direcionar seu programa “Todos pela Ação”, a estas áreas ocupadas. Contatar a Assistência Social da Cidade, na verdade deveria criar um grupo de trabalho e estudo pra tentar resolver a questão antes de ter que usar a truculência.
Contudo ao que parece, as cenas deste ano no Parque do Sol, Jardim Montevideo e Los Angeles vão continuar, A relação dos governantes desta ‘gestão’ com as áreas mais pobres da cidade tem um histórico de comportamento oscilante: ora fizeram vista grossa ao crescimento e consolidação de áreas desassistidas, ora optaram pela destruição e remoção.
Prefeita queremos políticas de integração destas comunidades ao resto da cidade. É urgente tomar medidas de inclusão social. A prefeitura tem por obrigação tomar uma atitude no sentido de realocar todas essas famílias. Afinal de contas são seres humano que merecem um tratamento digno por parte do poder público. É o mínimo que esperamos de um gestor com sensibilidade, responsabilidade e amor ao próximo.
Tenho dito!!