Pacientes que buscam atendimento em UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) de Campo Grande, estão revoltados com a demora no atendimento. São 4, 5 horas de espera, em alguns casos as pessoas vão embora sem atendimento. O colapso se alastra por todas as regiões da cidade.
Na UPA do Coronel Antonino todos que procuraram atendimento foram recepcionados com lotação e frustração na segunda-feira (6). Pacientes relatam espera superior a 4 horas, além da falta de equipamentos.
No local, a longa fila de pessoas na parte externa da unidade e grande número de pacientes na recepção indicam a demora para que todos possam ser atendidos. Adriana Laís, de 34 anos, comenta ter esperado mais de 4 horas para que sua filha, de 1 anos, pudesse ser atendida.
“Minha filha está gripada e com coriza. Perguntei sobre a possibilidade de realizar um raio-x, mas o médico informou que o aparelho estava quebrado. Receitaram dipirona e exame de sangue”, comentou a mãe.
Na UPA do Universitário a mesma coisa. Pacientes ainda reclamam do descaso. “Chegamos as 10 horas e só fomos atendidos depois das 16 horas. O médico com vergonha nem levanta a bunda da cadeira, chama baixinho os pacientes. Somos deixados neste calor, aqui não tem ar-condicionado e nem ventilador, cheio de crianças vomitando, cenas terríveis”, afirmou Mariá Nogueira na segunda-feira à tarde.
Mariá ainda levou a mãe no UPA da Moreninhas, “chegamos lá pouco depois das cinco e fomo embora as 10 horas sem atendimento, dá uma vergonha e uma raiva danada. Nas moreninhas chegavam pessoas arrebentadas e nem cadeira de rodas tinha. Só por Deus, cada dia que passa as coisas pioram na cidade”, desabafou.
Inverno, casos de Covid 19 voltando a aumentar, mostram a verdadeira face da Saúde Pública em Campo Grande. Crianças atendidas no chão, ao relento. Mas os gestores municipais consideram normal. A prefeita Adriane Lopes e o secretário de Saúde José Mauro Filho não se manifestam, nem apontam um plano de contingência. Faltam médicos, remédios, equipamentos e principalmente empatia nessa gestão.