Em sessão no Uruguai, o parlamentar destaca ações da Assembleia Legislativa de MS pela conclusão da Rota Bioceânica
O presidente da Frente Parlamentar Internacional do Corredor Bioceânico, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), destacou, na LXXI Sessão do Parlamento do Mercosul (Parlasul), em Montevidéu, no Uruguai, o I Fórum “A Integração do Corredor Rodoviário Bioceânico, realizado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande.
Ele aproveitou para convidar a todos para sua segunda edição, programada inicialmente para ocorrer em novembro em outro país da Rota Bioceânica. “A participação do Parlasul é de grande relevância para esse tão importante projeto, o único de infraestrutura regional a dispor de governança compartilhada entre os níveis federal, municipal e parlamentar”, afirmou.
Na ocasião, o parlamentar sul-mato-grossense entregou a carta concluída no evento ao presidente Tomás Bittar, do Paraguai, revelando a magnitude do projeto. “Formalmente entrego ao senhor presidente, para registro em ata, a carta de Campo Grande, que reúne 16 premissas que motivam o Projeto do Corredor e apresenta as principais conclusões dos debates que foram travados durante o fórum”, explicou.
Durante os dias 26 e 27 de maio, autoridades do Brasil, Chile, Paraguai e Argentina debateram sobre o funcionamento do eixo rodoviário de 2.254 Km. Segundo o senador, ele depende da conclusão da ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta e do último trecho rodoviário da Transchaco (354Km).
“Quando finalizado no prazo de dois anos e meio, este corredor integrará o estado de Mato Grosso do Sul, no Brasil, aos portos do norte do Chile, no Pacífico, após cruzar o território do Chaco paraguaio e as cidades de Salta e Jujuy, localizadas no norte da Argentina”, esclareceu o senador ao Parlasul.
Diante deste cenário, os envolvidos diretamente na Rota Bioceânica estabeleceram, no fim do fórum de maio, que é necessário discutir alguns pontos como a principal vantagem logística do corredor, que será a diminuição de 12 a 14 dias no trânsito de mercadorias quando comparado com as rotas tradicionais (Canal do Panamá ou Estreito de Magalhães). “Poderão armazenar suas cargas em Guemes e Perico, na Argentina, beneficiando-se da redução de custos de transporte e tendo garantia da carga de retorno”, citou o senador Nelsinho Trad.
Na carta, também está oficializado que a malha ferroviária paraguaia se conectará com a brasileira, argentina e chilena e haverá melhor utilização dos portos fluviais de Barranquera (Argentina), Concepción (Paraguai) e Porto Murtinho (Brasil). “Ficou evidente a necessidade de construção de novos terminais de contêineres”, disse ainda o parlamentar brasileiro.
Governadores de vários estados apresentaram o seu potencial exportador e foram assinados convênios entre os municípios que integram a rota. “Apresentação de ofertas turísticas de Bonito, Jujuy e Antofagasta, agradeço a participação e envolvimento desse Parlasul, especialmente aos colegas parlamentares da Comissão de Transportes, Infraestrutura, Recursos Energéticos, Agricultura, Pecuária e Pesca, neste projeto”, enfatizou Nelsinho Trad.