A grávida morta com tiro na cabeça pelo próprio irmão, em Caarapó (MS), na madrugada de segunda-feira (23), completaria 29 anos nesta quarta-feira (25). Uma familiar chegou a dizer que a jovem havia morrido no lugar do irmão, ao protegê-lo do disparo. Contudo, a investigação policial revelou o contrário.
Conforme apurado pela reportagem, dois dias antes de fazer aniversário, Angel Luama Pinto de Oliveira foi atingida por um disparo na cabeça, feito pelo próprio irmão, que não teve o nome divulgado pelas autoridades. Após o fato, ele fugiu do local antes da chegada dos socorristas e da Polícia Militar.
Três dias após o crime, familiares vivem o luto de perder uma pessoa “amiga, alegre e especial” e descobrirem quem foi o autor do crime. Angel Luama estava grávida de seis meses e o bebê também morreu.
“O seu aniversário seria um dia de festa e de muita alegria, mas você se foi e nem dá para acreditar. Seu sorriso contagiava todo mundo, agradeço pelos momentos com você”, disse um primo da vítima.
O crime chocou a cidade de Caarapó. Em uma rede social, outro irmão de Angel Luama lamentou o ocorrido. “Que pena que a sua passagem pela terra foi de pouco tempo. Estamos em luto e sentimos muita dor, desejo que nosso papai do céu possa te abraçar e junto aos anjos te receber”, disse em uma publicação.
Conforme o registro policial, Angel Luama estava ingerindo bebidas alcoólicas com um dos irmãos em um estabelecimento na noite de domingo (22). Logo nas primeiras horas de segunda-feira, os dois saíram e durante o trajeto tiveram uma discussão.
Em depoimento, o autor disse que uma outra pessoa atirou na irmã dele. Porém, confessou que apontou a arma na direção da cabeça e apertou o gatilho, alegando que acreditava que a arma estava sem munição.
Angel Luama chegou a ser encaminhada até o Hospital São Matheus pelo Corpo de Bombeiros, porém não resistiu aos ferimentos e morreu momentos depois. A polícia conseguiu localizar a arma do crime e o homem teve a prisão preventiva decretada pelo delegado que acompanha o caso, Silvio Ramos Pereira.