O MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) instaurou inquérito para investigar a empresa Metro Park Administração, mais conhecida como Flexpark, que era responsável pela gestão do estacionamento rotativo no centro de Campo Grande, por não reembolsar os créditos comprados pelos consumidores antes do anúncio do fim das operações.
A companhia atuou em Campo Grande de 2002 ao dia 22 de abril de 2022 e deixou a Capital após fim do contrato de concessão.
No dia 22 março deste ano, o então prefeito Marquinhos Trad (PSD) publicou decreto suspendendo cobranças aos usuários da Flexpark, pois o contrato chegava ao fim e seria necessário abrir uma nova licitação. Na oportunidade, foi anunciado que os valores já adquiridos ficariam como crédito quando o serviço fosse reaberto.
O órgão foi acionado pelo deputado Paulo Duarte (PSB), que ressalta ter recebido inúmeras denúncias de usuários lesados pela empresa.
“Ela simplesmente fechou as portas e ficou com dinheiro, recebi muitas queixas aqui no meu gabinete de pessoas que tinham R$ 60, 70, 80 lá. É um absurdo e tem que ser devolvido.”, enfatiza.
De acordo com Paulo Duarte, a Prefeitura de Campo Grande alegou que o dinheiro será devolvido quando a próxima empresa entrar, em uma nova licitação.
“Eles disseram que quem assumir o estacionamento rotativo deverá recompensar o crédito, mas isso não é o suficiente. Acabou o contrato. Agora será um novo processo, um outro serviço. Para onde está indo esse dinheiro? Pro bolso da empresa.”, acrescenta.