O pré-candidato do PSD ao Governo de Mato Grosso do Sul, Marquinhos Trad, cumpre agenda em Porto Murtinho nesta terça-feira (10), onde participa de reuniões para elaboração do Programa de Governo para o Estado. Na pauta, o tema principal é a necessidade de investimento para o desenvolvimento do Município, que em breve receberá a Rota Bioceânica.
“Precisamos estruturar Porto Murtinho para este grande avanço para economia do Município e do Estado em geral. É uma integração da América Latina, em um trajeto mais curto entre o Brasil e os portos chilenos, no acesso ao Oceano Pacífico. Vai fortalecer as economias regionais e proporcionar o intercâmbio social com nossos vizinhos da Argentina, Chile, Paraguai e Peru. Porém, hoje, infelizmente, o Estado não está se preparando para este momento de grande oportunidade de crescimento”, lamentou.
Marquinhos ressaltou que o governo do Paraguai está construindo uma estrada de 200 km, mas que o Estado, infelizmente, não está se movendo para pavimentar um trecho de apenas 11 km, ligando o centro urbano de Porto Murtinho a ponte de acesso do Brasil ao Paraguai.
“Há expectativa de um enorme crescimento e o Estado não está oferecendo esta estrutura necessária ao Município. Não estão planejando, investindo e o Mato Grosso do Sul pode crescer muito menos do que poderia por falta de vontade política, de trabalho mesmo. Isso precisa mudar. O Governo do Estado tem que estabelecer prioridades e incentivar principalmente projetos que garantam desenvolvimento para todo o Estado, que traz emprego e renda para as pessoas”, declarou.
Marquinhos falou da necessidade de apoio aos pequenos produtores em Porto Murtinho, região com a segunda maior extensão territorial do Estado, mas com graves problemas de infraestrutura.
“Precisa de apoio aos pequenos produtores. Me relataram que o Município tem apenas uma patrola para atender a todos. O Governo precisa oferecer assistência técnica, orientação com engenheiros agrônomos, insumos, apoiar na comercialização dos produtos, precisa ir além da realização de feiras de amostra cultural que acontecem uma vez por ano. É possível um Estado onde as pessoas não passam tanta dificuldade. É preciso olhar pelos nossos patrícios indígenas, assentados, quilombolas, incluindo e não excluindo. É possível um tempo de novas conquistas, com um governo humano e justo”, pontuou.
Moradores de Porto Murtinho também elencaram entre os problemas a falta de moradia e dificuldades na saúde por ineficácia da prometida regionalização. Eles contam que em muitos casos precisam viajar mais de 440 km até Campo Grande em busca de atendimento.
“Infelizmente, a saúde não tem sido prioridade. A regionalização que todos prometem não acontece. Um, que é médico, prometeu cuidar da saúde e não cumpriu. O outro que aí está, oito anos, não concluiu os hospitais que começou em Dourados e Três Lagoas. Hoje, só em Porto Murtinho, são mais de 500 pedidos de vagas para procedimentos em Campo Grande. Vamos tirar esta regionalização do papel, garantir atendimento digno para que os sul-mato-grossense não precisem se dirigir até a Capital em busca de atendimento médico”, concluiu.