Dados inéditos levantados pelos Cartórios de Registro Civil do Mato Grosso do Sul apontam que nos quatro primeiros meses deste ano foram registradas 1.023 crianças somente com o nome materno, o maior número absoluto e percentual para o mesmo período desde 2018.
Os dados ganham ainda mais relevância quando se observa que 2022 registrou o menor número de nascimentos para o período, totalizando 14.431 recém-nascidos, ou seja, 7,09% do total de recém-nascidos no estado tem apenas o nome da mãe em sua certidão de nascimento.
Os dados estão disponíveis no novo módulo do Portal da Transparência do Registro Civil, denominado Pais Ausentes, lançado no mês de março, e que integra a plataforma nacional, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que reúne as informações referentes aos nascimentos, casamentos e óbitos registrados nos 7.654 Cartórios de Registro Civil do Brasil, presentes em todos os municípios e distritos do país.
Na série histórica dos quatro primeiros meses do ano, em 2021 foram registrados 991 recém-nascidos somente em nome da mãe no período, diante de um total de 15.184 nascimentos. Já em 2020 foram 930 crianças registradas somente em nome da mãe (14.869 total), enquanto que em 2019 este número totalizou 1.007 nascimentos (16.465 total).
“Cada vez mais, os cartórios de Registro Civil de Mato Grosso do Sul, disponibilizam serviços essenciais à população. O processo de recolhimento de paternidade, por exemplo, é oferecido em mais de 90 cartórios do estado e podem ser realizados de forma gratuita, e permite que mulheres não registrem sozinhas os seus filhos”, destaca o presidente da Arpen/MS, Marcus Roza. “O aumento do número de mães solos mostra que ainda será necessário conscientizar a figura masculina sobre os deveres de ser pai, que vão além de oferecer amor, carinho, mas também de garanti ao recém-nascimento o direto de saber quem é seu pai e possibilitar benéficos constitucionais a criança”, completa.