Imagens gravadas por pacientes mostram o grande fluxo de pessoas em busca de atendimento médico para seus filhos na Unidade de Pronto Atendimento do Jardim Leblon. Muitos ainda reclamaram da demora nos atendimentos.
Um deles é Luiz Carlos Franco Vieira, que levou o filho para ser atendido na ‘ala pediátrica’, que mais parece um terreirão. Ele conta que “aguardou mais de uma hora e meia para o atendimento do filho, que estava com infecção na garganta”.
No vídeo é possível ver o lugar, ao relento, “isso aqui é para receber crianças”, questiona. “Quem chega aqui doente piora, e se vier com outro problema pega gripe nestas condições”, desabafa.
Para piorar a situação, depois do atendimento do filho, com a receita passada pelo médico em mãos, se deparou com a farmácia da Unidade fechada. “Será que prefeita vai dar jeito nisso, o ex-prefeito Marquinhos Trad não deu conta”, reclama.
Se a prefeita Adriane Lopes seguir o que prometeu e manter o mesmo modelo de gestão, Luiz e as outras pessoas que precisam da Saúde na Capital, vão amargar mais descaso. Só para informar há cerca de um ano, pacientes que passam por atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Universitário precisam se deslocar até outra unidade de saúde para pegar medicamentos prescritos. A farmácia foi fechada depois de ser alagada em fevereiro de 2021.
A população de Campo Grande está há um bom tempo revoltada com a saúde pública. Sem encontrar remédios e com dificuldades para agendamento médico, os pacientes precisam se deslocar para diversas unidades de saúde em busca de um atendimento. A maioria reclama da falta de médicos, de especialistas nas UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) e da demora para serem atendidos ou transferidos para Cem (Centro Especializado Municipal). Muitos vivem em situação delicada, já que não têm dinheiro para comprar os remédios e nem meio de locomoção.