Ele era titular da Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã, onde policiais mantinham esquema criminoso
A Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul oficializou, nesta terça-feira (26), o afastamento do delegado da Polícia Civil Patrick Linares da Costa, que chefiava a 2ª DP de Ponta Porã, a 313 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai.
O afastamento, assinado pelo corregedor-geral de Policia Civil de Mato Grosso do Sul, Márcio Rogério Faria Custódio, foi publicado na edição desta terça-feira (26) do DIário Oficial do Estado.
Conforme a portaria, decisão judicial da 2ª Vara Criminal de Campo Grande determinou a imposição de medidas cautelares alternativas à prisão preventiva ao delegado.
Desta forma, dentre as medidas cautelares impostas estão o afastamento do exercício da função de delegado, pelo prazo em que perdurar a medida imposta pela justiça.
Segundo o corregedor, ele fica afastado tanto da atividade fim quanto em qualquer outra atividade administrativa.
Também foi determinado o recolhimento de armas, carteira funcional e demaiss pertences do patrimônio público destinados ao delegado, além da suspensão de suas senhas e logins de acesso aos bancos de dados da instituição policial, suspensão de férias e avaliação para fins de promoção, caso tais medidas ainda não tenham sido adotadas.
Além disso, foi determinado ao delegado o impedimento de acessar prédios de qualquer uma das delegacias de Polícia Civil no município de Ponta Porã e proibição de portar arma de fogo, seja funcional ou particular.
Ainda segundo a portaria, o resultado das investigações em curso será objeto de ação disciplinar na Corregedoria-Geral de Polícia Civil.
Patrick Linares da Costa é um dos policiais civis (da ativa e aposentados) que estão sendo investigados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) por suspeita de cobrança de propina para devolução de veículos em poder da Polícia Civil em Ponta Porã.
A operação desencadeada ontem para cumprir oito mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e 16 de busca e apreensão também investiga suspeita de tráfico de droga, desviada do depósito da polícia naquela cidade.