A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (20/4), a operação Tabuleiro, com objetivo de desarticular a estrutura regional de uma organização criminosa de atuação nacional envolvida com o tráfico de drogas e outros crimes. São cumpridos 47 mandados de prisão preventiva e 35 busca e apreensão, expedidos pela Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas do Estado de Roraima.
Além daquele Estado, as ações ocorreram também em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais.
Em Campo Grande, um mandado de prisão foi cumprido contra um interno que está na penitenciária da Capital. Ele era o responsável em coordenado o grupo.
As investigações tiveram início logo após a operação Presente de Grego, realziada em 31 de agosto do ano passado, quando se verificou que a organização pretendia, novamente, reestruturar os quadros do consórcio criminoso em razão da identificação e prisão de lideranças locais e de indivíduos ocupantes de postos estratégicos.
O inquérito policial aponta o descontentamento de lideranças nacionais do grupo com o que seria um “baixo rendimento” das ações criminosas no estado, prejudicadas pela atuação federal na região. Os suspeitos em Roraima foram incentivados a matar mais pessoas e vender mais drogas para subsidiar a compra de mais armas, sendo lembrados, inclusive, que nos anos de 2017 e 2018 eram cometidos até mais de 3 homicídios por semana e que, atualmente, nada ocorria.
Apenas nos últimos três anos mais de 200 colaboradores da facção criminosa foram presos só em Roraima pela Polícia Federal e pela Força-Tarefa de Segurança Pública, coordenada pela PF e integrada pelas polícias Civil, Militar e Penal de Roraima.
Os investigados também mostraram satisfação com o fim da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária no estado, com uma expectativa de conseguirem “retomar” o controle da maior unidade prisional de Roraima (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo).
As investigações seguem em andamento.
Tabuleiro
O nome da operação faz referência ao modo como os membros da organização criminosa se referem a atividade de identificar criminosos rivais (montar o “tabuleiro”), o que foi feito a eles durante as investigações pela PF.