Na coluna CBN em Pauta desta quinta-feira, o jornalista Edir Viégas falou sobre o Proinc (Programa de Inclusão Social), criado e mantido pela gestão Marquinhos Trad (PSD) e que se transformou na principal caixa-preta de sua administração.
O programa custava aos cofres públicos, em abril de 2020, R$ 3,6 milhões, o que equivale a pouco mais de R$ 40 milhões ao ano. Na época, o número máximo de vagas era de 2.244, o equivalente a 9% do quadro de servidores e terceirizados da Prefeitura de Campo Grande, conforme estabelece a legislação.
No entanto, já naquela ocasião o número de beneficiários era de 2.444, portanto, 200 a mais do que estabelece a lei que criou o Proinc.
“O problema é que não existe qualquer transparência por parte da prefeitura com relação ao programa. A lei estabelece a publicação da listagem com a relação dos servidores envolvidos no programa. Mas essa lista jamais apareceu”, questionou Edir.
“Quem são os beneficiários do Proinc e os servidores que dele participam? Quanto ganham? O que fazem? Por que tanto segredo e por que o Proinc se transformou numa caixa preta?”, perguntou.
“Recebemos inúmeras denúncias de uso político deste programa, estamos apurando. No ano passado a Câmara aprovou uma emenda a lei, para dar transparência de todos os envolvidos no programa, o prefeito vetou com uma desculpa estapafúrdia, que a divulgação ia gera receita. Tanto que os vereadores derrubaram o veto. neste contexto o prefeito está infligindo a Lei ao não dar transparência”, finalizou.