Enquanto prefeito fazia seu discurso de “despedida” na Câmara dos Vereadores. Servidores protestavam na praça
A manhã de hoje (31) foi marcada por contrastes na Capital. Enquanto servidores do administrativo da Reme (Rede Municipal de Ensino) lotavam a Praça do Rádio, na região central de Campo Grande, em prol da luta do reajuste salarial da classe, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) – conhecido pelo seu viés populista – fazia seu discurso de “despedida” na Câmara dos Vereadores.
Ao passo que a categoria unida manifestava sua indignação, o chefe do Executivo municipal “correu contra o tempo”, já no intuito de alavancar sua pré-campanha política ao cargo de governador do Estado. Em seu “monólogo”, não houve renúncia, mas a confirmação que concorrerá no pleito deste ano para que MS não siga no “retrocesso”.
Já os manifestantes protestam também contra a lei 15.168/2022, que diz respeito ao pagamento da gratificação de insalubridade.
Segundo o presidente do Sisem (Sisem Sindicato dos Servidores Campo Grande), vereador Marcos Tabosa (PDT), apenas uma das reivindicações foi atendida pelo prefeito, no caso o aumento da bolsa alimentação de R$ 294,00 para R$ 350,00 de parte dos servidores.
A categoria pede auxílio-alimentação de R$ 500, o pagamento de insalubridade para os agentes de saúde, plano de carreira para os cargos da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), reposição na inflação e autorização no curso da pró-educação para 600 funcionários do administrativo que atuam na educação.
Para o vereador por trás da passeata que correu a avenida Afonso Pena – na Praça do Rádio – até a frente do Paço Municipal, nesta manhã, considera “uma palhaçada vergonhosa e desrespeitosa com os servidores”.