Vídeos que começaram a circular nesta sexta-feira nas redes sociais mostram o desespero de moradores em diversos bairros da periferia de Campo Grande por conta das fortes chuvas registradas nos últimos dias. Ruas sem asfalto tomadas pela água se transformaram em armadilhas, principalmente para mulheres e crianças. Em diversas localidades o transporte público deixou de operar e um ônibus chegou a atolar na lama.
Num dos vídeos, pessoa não identificada capta imagens no Jardim Pênfigo, onde são vistas mulheres e crianças, inclusive de colo, tentando atravessar rua sem asfalto totalmente tomada pela água. O autor das imagens mostra a sua indignação e indaga o prefeito Marquinhos Trad: “Seus filhos precisam atravessar as ruas assim, também?”.
O autor do vídeo acertou, a verdade é que a rua asfaltada Pedro Martins, que dá acesso ao condomínio de luxo Itayara, onde mora o prefeito Marquinhos Trad no Bairro Carandá Bosque, foi totalmente recapeada, ao custo de R$ 1,2 milhão, com a substituição de toda a sinalização horizontal.
A via é predominantemente residencial, contando com apenas 6 estabelecimentos comerciais. Também não é linha de ônibus, já que os transporte coletivo utiliza a Rua Vitório Zeolla.
Na periferia a espera chega há 5 anos, e não existe previsão de melhora.
Enquanto isso na área nobre da Capital….
Menos de duas horas do início da manifestação que acontecia em bairro Nobre na Capital, precisamente na Rua Fidelina Silva Vendas, que corta os bairros Jardim Bela Vista, Itanhangá e Antônio Venda, na Capital equipes da Prefeitura de Campo Grande, chegaram ao local para começar a limpeza, na manhã desta sexta-feira (18).
Um ônibus com cerca de 90 servidores iniciaram a limpeza do matagal que tomava conta de quadras em torno das ruas. Eles foram destinados para a manutenção, com equipamentos de limpeza, além de patrolas e um caminhão para recolher o entulho.
Os moradores ainda segurando a faixa de protesto disseram que o “Mato tomou conta dos nossos bairros, estamos abandonados, não temos calçada para transitar”, reivindicava a faixa.
A denúncia reclamava que o matagal favorecia abrigo de usuário de drogas, criminosos, motoristas que param para fazer necessidades fisiológicas e até para atos obscenos dentro do carro.