Pré-condição para um acordo, segundo integrantes das siglas, é de que elas abram mão, pelo menos em um primeiro momento, das candidaturas próprias
Os presidentes do PSDB, MDB e União Brasil devem se reunir no final da tarde desta terça-feira (15), em Brasília, para dar início às negociações em torno da formação de uma federação partidária.
As três siglas vinham travando, de maneira separada, conversas informais sobre o assunto. Com a definição pelo STF (Supremo Tribunal Federal) de que as federações partidárias devem ser registradas até 31 de maio, as legendas de centro-direita decidiram tentar avançar nas negociações.
A pré-condição para um acordo, segundo integrantes das três siglas, é de que elas abram mão, pelo menos em um primeiro momento, das candidaturas próprias à Presidência.
A ideia é que a definição do candidato dos partidos ocorra após selar a aliança.
O movimento tem o apoio sobretudo de tucanos alinhados ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
Na avaliação deles, a negociação pode representar uma saída honrosa ao governador de São Paulo, João Doria, que tem apresentado dificuldades em crescer nas pesquisas eleitorais.
No PSDB, há um grupo da legenda que é favorável a uma candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que, de acordo com os levantamentos eleitorais, apresenta percentual de rejeição menor que o do governador de São Paulo, o que, acreditam, representa um maior potencial de crescimento.
Apesar da intenção das três siglas em negociar uma federação partidária, impasses regionais ameaçam minar uma aliança entre as três siglas. No Mato Grosso do Sul e Alagoas, por exemplo, PSDB e MDB são adversários estaduais.
Além de MDB e União Brasil, o PSDB também negocia uma federação partidária com o Cidadania, que poderia levar a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) para o posto de candidata a vice-presidente do governador de São Paulo.