Um quebra-cabeça cujas peças parecem não se encaixar. De um lado, a prefeitura de Campo Grande que arrecadou R$ 500,5 milhões com IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), em 2020, ficando em segundo lugar no ranking entre as capitais do Centro-Oeste. Retrato de uma prefeitura rica. De outro, as críticas incessantes da população, quanto ao serviço prestado pelo município na área da saúde, somado ao ruim e agora mais oneroso transporte coletivo, cuja passagem passou a custar R$ 4,40 desde o último dia 14 de janeiro.
Morar em Campo Grande têm suas vantagens e desvantagens, por isso o Instituto Ranking Brasil foi às ruas ouvir as opiniões dos moradores. Veja em números o lado bom e o lado ruim de viver na Cidade Morena.
De acordo com os dados coletados, morar em Campo Grande é uma condição que satisfaz quase metade da população, mas cerca de um quinto de seus moradores pensam o contrário. A consulta revelou que 48,50% se declararam satisfeitos por morar na Capital de Mato Grosso do Sul. Ao passo que 20,50% estão insatisfeitos e 29,40% consideram regular – apenas 1,60% não sabem ou não responderam.
LADO RUIM
O levantamento aferiu a opinião dos moradores de Campo Grande sobre os maiores problemas do Município. A saúde precária é maior alvo das queixas, segundo 30,50% dos entrevistados. Em seguida, com altas pontuações, a falta de emprego (22,35%), o IPTU e as taxas (20%), o transporte coletivo ruim (15,20%), os ônibus velhos, sujos e caros (14%), os altos valores de água, luz, esgoto e combustível (12,45%), a falta de assistência social (11,55%) e as deficiências do trânsito (10,25%).
O serviço de transporte coletivo é reprovado, com avaliações de péssimo e ruim por 75% dos campo-grandenses. Apenas 5% o classificam de ótimo ou bom e 12% o definem como regular. Não sabem e não responderam 8%.
Hoje ainda o vereador Marcos Tabosa (PDT), incansável fiscal do chefe do Executivo, lembrou promessas de campanha do prefeito, que afirmou rever todo o contrato da concessão do transporte. “Mas hoje parece um anjinho, além de não resolver nada ainda vai ajudar financeiramente o Consórcio Guaicurus. Vamos na Câmara trabalhar para já em fevereiro abrir a CPI do Transporte Coletivo, aí saberemos porque o prefeito na campanha rugiu e agora está mansinho”, disse o parlamentar.
Para confirmar estes números, basta ir a algum posto de saúde, não raro você vai presenciar alguma discussão, de um cidadão com um funcionário, ou se quiser, ainda, sair de lá e ir pegar um ônibus. Boa sorte!