Em entrevista ao jornal ‘Correio do Estado’, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) garantiu que atualmente Campo Grande não tem favelas, e sim áreas ocupadas à espera de regularização. Ele afirmou: “Não existe um amontoado de pessoas, pessoas que vivem embaixo de lonas. Existem áreas ocupadas de maneira irregular, que estamos buscando regularizar”.
O jornal lembrou que Trad foi secretário municipal de Assuntos Fundiários na gestão do prefeito André Puccinelli (MDB), entre 1996 e 2000, quando fez um planejamento de regularização fundiária para acabar com as favelas. Hoje, contudo, ele salienta a necessidade de o governo federal ser solidário e obter uma liminar judicial para regularizar essa questão.
“Essa pandemia trouxe empobrecimento das classes C e D. Essas famílias que viviam de aluguel perderam seus empregos e, com isso, não conseguiram honrar com os pagamentos de suas dívidas”, argumentou. O prefeito disse que as maiores ocupações urbanas na capital são a Homex, com 3.632 famílias, e o Samambaia, com 434, esta uma área particular invadida em 2016. Marquinhos quer entregar cinco mil casas por meio de conjuntos habitacionais até o final do mandato.
CONVITE
Na entrevista, Marquinhos Trad orgulhou-se do fato de nenhum conjunto ter sido erguido na cidade antes de sua gestão. “Depois que assumimos já entregamos quase três mil casas e pretendemos entregar mais duas mil até o fim do mandato”, anunciou. Ao comentar estas declarações, a coordenadora da Cufa em Campo Grande, Letícia Polidorio, disse ao jornal que o prefeito precisa andar e conhecer melhor a cidade.
“Eu faço um convite ao prefeito, caso ele queira ir com a gente visitar uma favela para conhecer. Estou vindo nesse exato momento de uma favela e chorando com a situação, porque a vida das pessoas lá não é fácil, moram em barracos e não têm suporte algum da prefeitura”, frisou Leticia.