O mês de setembro traz com ele uma campanha de extrema importância. Ainda cheio de tabus, o suicídio não pode ser ignorado pela sociedade e, neste mês, o Setembro Amarelo traz isto à tona, uma campanha nacional com o objetivo de prevenir e reduzir os índices de suicídio no Brasil. Além do mês ser voltado à temática, 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Psiquiatra da Unimed Campo Grande, Dr. José Carlos Rosa Pires de Souza conta que é imprescindível estar atento e oferecer ajuda a quem precisa. “Se você conhece alguém com a ideia de que a vida não tem mais sentido, não pense que é covardia, é doença. O suicídio é causado 90% das vezes por algum transtorno mental, como depressão, ansiedade, entre outros. Essa pessoa precisa de ajuda’”, destaca o especialista.
Dr. José ainda informa que para você identificar uma pessoa que não está bem, que está em sofrimento, é importante mais ouvir e observar do que falar. “Acompanhe essa pessoa até um médico, psiquiatra, psicólogo, para que ela possa ter ajuda o mais rápido possível”, completa.
COMO AJUDAR?
– Abordar de forma calma, aberta, com aceitação e acolhimento, sem julgamento;
– Ouvir atentamente o que o outro tem a dizer, sendo cordial e paciente ao ouvir;
– Ser empático com os sentimentos alheios;
– Expressar respeito às opiniões e valores do outro;
– Demonstrar cuidado e afeto;
– Incentivar procura de ajuda profissional.
“Quando as emoções, sejam elas quais forem, tornam-se prejudiciais de alguma maneira, é hora de buscar ajuda profissional. Procurar ajuda não é vergonhoso, quanto mais cedo procurar um profissional de saúde mental, melhor será o tratamento. O suicídio é uma doença e assim deve ser tratada. Tem solução quanto mais cedo for procurada a ajuda”, conclui o psiquiatra.