Em seu primeiro mandato, o deputado estadual Gerson Claro acumula importantes resultados. Foi líder do Governo na Assembleia Legislativa e é presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), considerada a mais importante. Além disso, atua na articulação política que dá sustentação ao governo e aos programas de retomada do crescimento e de combate e prevenção à pandemia da Covid-19.
Advogado, historiador, filho de família humilde, nascido em Itaporã e criado nas duras lides para contribuir com o sustento da casa e poder estudar, Gerson Claro começou a ganhar destaque ainda jovem, como educador, lecionando em escolas públicas de Sidrolândia. Na Associação dos Municípios (Assomasul), ocupando uma das diretorias, demonstrou sua vocação para as questões políticas e municipalistas. Mais tarde, ingressou de vez na vida pública – primeiro, presidindo o Detran e depois elegendo-se deputado estadual.
Nesta entrevista à Folha de Campo Grande, Gerson Claro aborda as demandas na presidência da CCJR, os desafios do Estado para superar as crises e ainda enfrentar a pandemia, além de comentar o desempenho governamental e apontar as projeções de seu partido para os compromissos na agenda eleitoral.
FOLHA DE CAMPO GRANDE – Falta pouco mais de um ano para as eleições. O que seu mandato produziu até agora para apresentar na campanha pela reeleição?
GERSON CLARO – Participamos ativamente das articulações políticas e de projetos estratégicos na Assembleia Legislativa, inclusive como líder do Governo na Casa. Já tivemos algumas vitórias bem importantes, como a garantia de construção do ramal do gás em Sidrolândia, algo que vínhamos articulando há algum tempo, assim como rodovias para o escoamento agrícola em todo o Estado, atuação na agricultura familiar e no projeto de regularização fundiária. Podemos citar ainda a lei que institui o ICMS Educacional em MS, modificando o rateio do imposto para melhorar a educação. Isso sem contar com nossas emendas, que estão sendo revertidas, sobretudo, para a saúde e assistência social.
FCG – Seu mandato não se fixou somente nas regiões com as quais era mais identificado, como Campo Grande e Sidrolândia. Como aconteceu esse processo de ser interlocutor de outros municípios?
GC – Somos eleitos com votos concentrados em alguns municípios, mas trabalhamos para representar todo o Mato Grosso do Sul e suas demandas. Ouvimos os vereadores, prefeitos, lideranças locais e identificamos as principais necessidades da população em todas as regiões.
GC – Tem sido uma grande missão presidir a CCJR, que é considerada o coração e o pulmão de uma Casa de Leis. Ela tem a prerrogativa de analisar a constitucionalidade e a admissibilidade de todas as propostas, tanto de autoria dos deputados estaduais quanto do Executivo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas. É um desafio enorme, mas também uma forma muito importante de ajudar o meu Estado, com princípios técnicos e muita responsabilidade, além do apoio e atuação dos meus colegas membros. Só no primeiro semestre deste ano, foram 216 projetos distribuídos. Apreciamos 136 projetos de lei, 36 projetos de decreto legislativo, 16 projetos de resolução e um projeto de emenda constitucional. Um período, sem dúvidas, muito produtivo.
FCG – Seu partido cresceu consideravelmente, tanto em âmbito nacional como estadual. Isto pode servir de estímulo para voos eleitorais mais altos, como sua candidatura a deputado federal ou lançamento de chapa própria para o governo?
GC – Nosso partido está unido e organizado para participar das discussões políticas em torno de uma chapa majoritária, além do lançamento de candidatos competitivos a deputado estadual e federal. Desde o princípio do mandato, trabalhamos com muito pé no chão, fazendo a interlocução com o governo do Estado, buscando recursos, apoiando os municípios com nossas emendas e ouvindo a população em suas principais necessidades. É assim que queremos continuar atuando, dentro do nosso projeto de reeleição e de nos aproximar cada vez mais das pessoas.
FCG – Qual sua avaliação sobre o desempenho do governo estadual nas ações contra a pandemia, tanto na prevenção como na vacinação?
GC – O governador Reinaldo Azambuja tem feito tudo que está ao alcance para conter a pandemia do Coronavírus. Podemos citar, entre outras ações, a ampliação dos leitos do SUS e privados, liberação de recursos e aquisição de insumos para unidades de saúde da Capital e do interior, apoio aos municípios, tudo isso dosando saúde com crescimento econômico e manutenção dos empregos. Temos o programa Mais Social, o apoio aos bares, restaurantes, turismo e cultura. Sem contar com uma das vacinações mais avançadas do Brasil e redução constante do número de contaminação, internação e mortes. Aqui no Estado estamos vencendo os desafios impostos pela crise. E eu fico feliz de estar contribuindo com essa vitória.
FCG – No pós-pandemia o governo de Reinaldo Azambuja vai conseguir manter a mesma eficiência de gestão, sobretudo na área das finanças, pagando salários em dia?
GC – Eu acho que já passamos pelo olho do furacão, pelo pior momento que poderíamos passar, e mesmo assim o governo não deixou o Estado quebrar. Em 2020, MS teve o maior volume de investimentos públicos per capita do País, aplicando recursos em diversas obras de rodovias, pavimentação de ruas e avenidas, rede de esgoto e construção de casas, além do avanço no projeto da regionalização da saúde, com a construção de hospitais que estão sendo finalizados e entregues à população. Ainda pagou o salário do funcionalismo em dia e teve saldo positivo na geração de empregos pelo sexto mês consecutivo agora em 2021.