Depois de esperar incontáveis décadas, o território pantaneiro encontra a resposta à antiga expectativa. O tão sonhado benefício da energia elétrica é realidade, construída pelos investimentos do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB) e à parceria entre Estado, Governo Federal (via Ministério das Minas e Energia) e Energisa, concessionária privada dos serviços do setor em Mato Grosso do Sul.
Nesta quarta-feira (28) Azambuja e o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, fizeram uma visita técnica à região para conferir o programa ‘Ilumina Pantanal’, criado para universalizar o acesso à energia no ecossistema, patrimônio ambiental da Humanidade. Para isso, foi implantado um modelo de geração solar, que abrange a maioria dos grandes e pequenos produtores rurais e comunidades ribeirinhas.
“Deixamos de ser invisíveis, agora temos uma luz física a nos iluminar”, exultou o empresário Armando Lacerda, 66. Ele traduz o sentimento do homem pantaneiro. É dono do Porto São Pedro, um dos principais embarcadouros de gado da sub-região do Paiaguás. “Não é apenas conforto, é imprescindível. Reduz o custo altíssimo para manter geradores à diesel”, disse. “Podemos fazer festa e dançar após a pandemia, agradecidos ao governador, que tem melhorado a nossa logística, um instrumento de produção para a nossa pecuária”, definiu.
PROGRAMA DE OBRAS
Ao destacar a parceria com o governo federal e a Energisa, Azambuja ressaltou que o investimento se soma ao grande programa de obras de infraestrutura que executa na região, com a abertura de estradas e portos. “É desenvolvimento da pecuária tradicional, dinamização do turismo; é dignidade a quem vive e preserva este santuário, um bem mundial”.
Para Albuquerque, o Ilumina Pantanal é um dos maiores programas do governo federal, pela tecnologia inovadora, que garante sustentabilidade, e porque proporciona cidadania. O programa abrange Corumbá, Ladário, Aquidauana, Porto Murtinho, Coxim, Miranda e Rio Verde. Vai atender 2.167 moradias até 2022. O projeto é executado pela Energisa, com investimentos de R$ 134 milhões. Das novas unidades consumidoras, 77 terão modelo tradicional de energia elétrica e outras 2.090 no sistema solar.
A pescadora e catadora de isca Enaurina da Silva Rodrigues, 59, vive há mais de 40 anos na curva do Rio Paraguai, em Chané (tribo indígena extinta). Nunca pensou que teria uma geladeira em sua humilde casa e poder tomar um banho quente. “Agora temos água gelada e luz para iluminar o terreiro, por causa da onça-pintada”, comentou. Ela recebeu Azambuja, Albuquerque e o diretor-presidente da Energisa, Marcelo Vinhaes, sorrindo e agradecendo.