Os números da pandemia no território brasileiro indicam que, finalmente, já se pode visualizar com nitidez um quadro bem melhor para a população. Após mais de um ano contando mortos numa escala crescente e diária, agora já é possível iniciar outras e melhores contagens.
Segundo o Ministério da Saúde, os óbitos por Covid-19 caíram, em média, 14%. No entanto, alguns dados ainda preocupam. No último dia 23, pela segunda vez desde o início da pandemia, o Brasil superou a marca de 100 mil casos diários do novo coronavírus.
Ao todo, foram 108.732 contágios notificados no último período de 24 horas, elevando o total para 19.632.443, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A marca, porém, foi atingida porque 63 mil casos represados do Rio Grande do Sul foram reportados posteriormente. Com a atualização, a média móvel de contaminações interrompeu uma sequência de queda.
Contudo, a situação vem melhorando com o avanço da imunização. O Brasil ultrapassou a marca de 80 milhões de pessoas que já receberam a primeira dose.
Do total de pessoas que receberam a primeira dose, 35,6% delas também já receberam a segunda dose das vacinas. São 28,9 milhões de brasileiros com as doses completas na segunda etapa da vacinação ou que tomaram a vacina de dose única. Ao todo, o Brasil já aplicou mais de 110,1 milhões de doses.
Segundo os especialistas, a queda indica a efetividade da vacina em grupos totalmente imunizados. Um dos pesquisadores, o infectologista Júlio Croda, da Fiocruz, atribui a vacinação total de idosos como principal explicação para o declínio numérico. Croda diz que a cobertura já está bem elevada nesta faixa, acima dos 60%, e que acima dos 70, 80 e 90 anos ainda é maior. Em seu ponto de vista, no número de casos, o impacto só vai ser maior com o avanço da vacinação.