Há alguns dias a imprensa publicou a ênfase do governo Reinaldo Azambuja na agenda social com as definições do secretário estadual Sérgio Murilo, titular da Secretaria de Governo e Gestão Estratégica (Segov). Das várias abordagens que se destacam, o chefe da Segov deu esta conceituação:
“O Estado adquiriu uma condição única de solidez gerencial e de capacidade para suportar a pressão das dificuldades e, ao mesmo tempo, retomar o crescimento, com foco definido na evolução social e econômica, na sustentabilidade humana e ambiental. O conceito de governar com as pessoas e para as pessoas é seguido com firmeza e responsabilidade”. E em seguida alinhou situações que, pela lógica, inviabilizariam estes seis anos e quatro meses da gestão tucana.
Se a lógica fatalista da crise prevalecesse, Mato Grosso do Sul, com certeza, estaria pendurado numa obrigação assistencialista inevitável. Isto porque não teria caixa suficiente para cobrir as demandas simultâneas, quais sejam a adoção de programas inclusivos emancipistas e alavancar o processo desenvolvimentista, com a retomada do crescimento pelas vias seguras do fomento ao potencial tradicional da agropecuária e à diversidade das atividades econômicas.
Sobram razões, então, a Sérgio Murilo. E à luz dos fatos. O governo sul-mato-grossense não se acomodou nos limites dos programas sociais que encontrou prontos e nos que lançou ou aprimorou. Está indo além, ano a ano. Com a pandemia e o quadro dramático do desemprego e da retração econômica no País, tudo que foi planejado e executado desde o primeiro dia de governo para um mandato de quatro e depois de oito anos está garantindo agora a cobertura emergencial de milhares de pessoas. São famílias que não têm lastro ou sequer um mínimo de estabilidade para suportar os violentos impactos do furacão pandêmico.
No entanto, é preciso reparar que antes da eclosão da pandemia da Covid-19 Mato Grosso do Sul já tinha a atenção e o socorro, de forma diferenciada, para atender uma agenda social prioritária, a do emprego. O Estado segue exibindo performance destacada em todos os levantamentos de desempenho na abertura de empresas, no fortalecimento da economia e, em consequência, na oferta de vagas e trabalho.
Dessa forma, cada rodovia que se abre ou se pavimenta; cada escola que se reforma ou se constrói; cada folha salarial paga em dia ou até por antecipação, todas essas realidades significam inclusão nas várias pontas da cadeia econômica e do conjunto social.
Empregos que são gerados pelas obras e salários repassados regularmente resultam em capitalização de quem compra e de quem vende. O operário da obra e o servidor público têm a condição básica de prover seu sustento – e os agentes da ponta comercial ganham a circulação do capital de giro e a presença necessária do consumidor em seus estabelecimentos.
Política pública de inclusão social é por o peixe à mesa de quem tem fome e necessita comer, mas também está disposto a pescar. Não é só um socorro episódico que marca o olhar do governante para as mais agudas carências de sua gente. É o conjunto da obra. E, nesse caso, Mato Grosso do Sul tem uma obra completa.