A próxima Semana Santa será de 28 de março a 04 de abril. Nesses dias o consumo de peixes em Mato Grosso do Sul costuma ser grande – porém, este ano a procura será bem maior. Estimativas do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) sinalizam que a comercialização deverá atingir um mínimo de 73 toneladas, volume 143% maior que as 30 toneladas vendidas em 2020.
Esses números estão entre os demonstrativos que acusam a forte expansão da aquicultura e da produção de peixes em cativeiro no Estado, um dos produtores nacionais que vêm melhorando seu desempenho no mercado. “É uma opção atrativa e cada vez mais apoiada pelas políticas públicas de fomento”, diz Jaime Verruck, o titular da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).
Ele destaca que o Estado já é referência no Brasil. Além de figurar entre os principais exportadores nacionais de tilápias – no primeiro trimestre de 2020 seu volume de comercialização alcançou as 515 toneladas, equivalente a 37% do total exportado pelo País -, o volume vendido para outros estados aumentou 42,67%, se comparado com o mesmo período de 2019. Do total, Mato Grosso do Sul teve 86% de suas exportações concentrados em filés de tilápia.
COMPROMISSO
Jaime Verruck ressalta o compromisso do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) de investir na diversificação da matriz econômica sul-mato-grossense. Cita alguns investimentos apoiados e fomentados pelas políticas públicas, como a indústria da Tilabrás, em Selvíria, e a Geneseas, de Aparecida do Taboado. Em Itaporã, ao ser adquirido pelo Grupo Paturi, o frigorífico de peixes Mar e Terra ganhou ajustes para trabalhar na produção de tilápia.
Em Angélica, a Samak Pescados foi certificada pelo SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal). “Nós estamos empenhados e confiantes na ocupação desse mercado, trabalhando fortemente no estímulo à produção, industrialização e exportação. E isso contribui decisivamente para a manutenção da liderança das exportações de tilápia no Brasil, colocando como prioridade, dentro das cadeias produtivas de proteína animal, a produção de peixes exóticos e nativos”, acrescenta Verruck.