A senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse que em política é preciso ter coragem, especialmente em momentos difíceis. Ela se referia à sua candidatura à presidência do Senado. Em quase 200 anos de história, Simone é a primeira mulher a ter uma candidatura realmente competitiva ao cargo. Em entrevista à Rádio Educativa de Campo Grande, na segunda-feira (21), ela lembrou-se de que o seu pai, Ramez Tebet, presidiu o Senado (2001-2003) em um momento conturbado da história nacional.
“Quando eu olho para aquela cadeira eu vejo o quanto um presidente do Senado pode fazer pelo País e pelas pessoas e o quanto o meu pai honrou o Mato Grosso do Sul sendo presidente do Senado num momento tão conturbado. Ele também tinha um perfil conciliador”, disse.
Simone comentou o fato de poder ser a primeira mulher a presidir o Congresso Nacional. “O fato de ser a única mulher candidata competitiva me dá uma grande responsabilidade. Se Deus me permitir chegar à presidência do Senado para honrar a população sul-mato-grossense, eu sei que me sentarei lá para ajudar o Brasil, principalmente neste momento de crise. Então, eu coloco meu nome porque na política é preciso ter coragem e vamos enfrentar essa disputa para colocar o Mato Grosso do Sul no cenário federal, para que MS possa ajudar o País através de mim, dos deputados federais, dos demais senadores a sair dessa crise”, disse.
BANCADA UNIDA
A senadora explicou que agora sai em vantagem em relação à disputa de dois anos atrás, quando houve um racha na bancada do MDB entre ela e o senador Renan Calheiros. Agora, a diferença é que a bancada decidiu votar unida em torno de um único nome. Até o momento, outros três senadores do MDB disputam com Simone pela candidatura dentro da bancada. Será o candidato aquele que conseguir mais votos fora do partido. Para se eleger ao Senado, são necessários, no mínimo, 41 votos. O MDB tem 13 integrantes. São necessários, portanto, angariar, ao menos, outros 28 votos fora da bancada.
De perfil conciliador e considerada uma senadora independente, Simone tem bom trânsito entre os senadores dos mais diversos partidos. Muito respeitada como presidente da Comissão de Constituição e Justiça, ela imprimiu uma gestão produtiva, democrática e de consensos à frente do colegiado.
“Agora é conversar, dialogar, apresentar uma proposta de pacto pelo Brasil, de governabilidade, sem fazer oposição, sem ser situação ao presidente, mas no intuito de colocar o Senado à disposição do Brasil e do povo brasileiro e com essa perspectiva, nós estamos muito animados”, disse em relação às perspectivas de ser o nome do MDB a concorrer à presidência do Senado. “As pessoas sabem do meu perfil equilibrado, de conciliar, sempre acho que a virtude está no meio, sem radicalismos para um lado ou para o outro. E eu sempre fui uma pessoa de muito diálogo”, disse.