As exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul voltaram a registrar alta no mês de setembro e, mesmo com a pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19), a receita já soma US$ 2,8 bilhões no ano, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. De janeiro a setembro, a receita tem crescimento de 6% na comparação com o mesmo período de 2019, saltando de US$ 2,711 bilhões para US$ 2,8 bilhões.
Na avaliação apenas do mês de setembro deste ano com o mesmo mês do ano passado, o aumento foi de 23%, indo de US$ 295,4 milhões para US$ 364,7 milhões. “Na prática, esse foi o melhor resultado para o acumulado de janeiro a setembro da série histórica das exportações de produtos industriais de Mato Grosso do Sul”, analisou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.
Ele destaca que, quanto à participação relativa, no acumulado do ano a indústria respondeu por 62% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul. “Os grupos Celulose e Papel e Complexo Frigorífico continuam sendo responsáveis por 73% da receita de exportações do setor industrial, sendo 46% para o primeiro grupo e 27% para o segundo grupo, enquanto logo em seguida vêm os grupos Óleos Vegetais e Açúcar e Álcool, com 11% e 6%, respectivamente”, detalhou.
PRINCIPAIS GRUPOS
No caso do grupo “Celulose e Papel”, a receita no período avaliado alcançou US$ 1,322 bilhão, uma queda de 13% em relação ao período de janeiro a setembro de 2019, que foram obtidos quase que na totalidade com a venda da celulose (US$ 1,307 bilhão). Os principais compradores foram China, com US$ 780,3 milhões; Estados Unidos, com US$ 149,8 milhões; Itália, com US$ 92,3 milhões; Coreia do Sul, com US$ 52,5 milhões; Holanda, com US$ 38,8 milhões; e Reino Unido, com US$ 32,6 milhões.
Já no grupo “Complexo Frigorífico”, a receita conseguida de janeiro a setembro foi de US$ 783,28 milhões, um aumento de 5% em relação ao mesmo período de 2019, sendo que 46% do total alcançado é oriundo das carnes desossadas congeladas de bovino, que totalizaram US$ 360,8 milhões. Os principais compradores foram Hong Kong, com US$ 142,6 milhões; China, com US$ 124,4 milhões; Chile, com US$ 85,7 milhões; Emirados Árabes Unidos, com US$ 41,1 milhões; e Arábia Saudita, com US$ 39 milhões.
No grupo “Óleos Vegetais”, a receita conseguida de janeiro a setembro foi de US$ 312,30 milhões, um aumento de 139% em relação ao mesmo período de 2019, sendo que 46% é oriundo dos bagaços e resíduos sólidos da extração do óleo de soja, somando US$ 144,50 milhões. Os principais compradores foram Holanda, com US$ 75,6 milhões; Tailândia, com US$ 55,6 milhões; Indonésia, com US$ 46,8 milhões; Índia, com US$ 26,8 milhões; Polônia, com US$ 19,6 milhões; Alemanha, com US$ 19,5 milhões; e Dinamarca, com US$ 14,8 milhões.