Na última terça-feira, diante do agravamento da situação, o serviço de combate aos focos de incêndio no Pantanal foi reforçado pelo Governo do Estado, conforme anunciou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.
“Tivemos um fim de semana de situação extremamente dramática, pois, saímos de uma sexta-feira de 17 focos no Estado para mil focos no sábado em várias regiões. Então, continua preocupante, continua em alerta e os próximos dias serão de muita seca, baixa umidade e de grande risco de incêndios em todo o Estado”, disse o secretário.
Verruck explicou que ainda no fim da semana foram tomadas todas as medidas para que Mato Grosso do Sul receba apoio do Governo Federal e de outros estados, citando a chegada de 41 brigadistas enviados pela União, 60 brigadistas do Distrito Federal e 20 de Santa Catarina.
SERRA DO AMOLAR
A força-tarefa que atua na região da Serra da Amolar (Pantanal de Corumbá) para combater os focos de calor com a mobilização de 65 homens, formada por bombeiros de Mato Grosso do Sul e do Paraná, marinheiros, brigadistas do Ibama, ICMbio e de organizações não-governamentais, tem enfrentado, diariamente, situações críticas com os incêndios aumentando devido à seca extrema no bioma e altas temperaturas.
Na tarde da última segunda-feira, quando as temperaturas ultrapassaram os 40 graus em várias regiões do Estado, uma guarnição atendeu emergência na Fazenda Santa Tereza, onde o fogo queimou uma casa de moradores e se alastrou pela vegetação nativa.
A estrutura montada pelo Governo do Estado, com o apoio do governo federal, centraliza as ações naquela região, situada próxima à divisa entre os dois estados pantaneiros, onde os clarões de fogo surgem do nada, às margens dos rios ou na encosta da morraria.
Com o céu encoberto pela densa fumaça dos grandes incêndios que se multiplicam diariamente, outro setor bastante prejudicado é a navegação fluvial, único meio de transporte e locomoção para muitos habitantes de algumas regiões pantaneiras.
Porém, mesmo com a visibilidade cada vez mais baixa devido à fumaça, o avião Air Tractor, contratado pelo Governo do Estado, conseguiu realizar seis lançamentos de água, totalizando 12 mil litros, na área crítica – no vale entre as baías Mandiore e Taquaral. Neste ponto, 30 homens abrem uma frente de defesa para impedir a progressão do fogo para a Serra do Amolar e outras duas reservas.