O Brasil se prepara para a realização da mais atípica das eleições desde o restabelecimento do regime democrático no país.
Já se foram 35 anos desde que a eleição indireta de Tancredo Neves e Jose Sarney pôs fim ao regime militar e o país voltou a realizar eleições diretas em todos os níveis. Desde então, o processo eleitoral foi passando por adequações visando sempre o aprimoramento da escolha democrática dos representantes populares.
Com o objetivo sempre de garantir oportunidades menos desproporcionais entre os participantes dos pleitos eleitorais, foram cortados os grandes comícios com shows artísticos, a distribuição de camisetas e brindes, assim como houve mais rigidez na fiscalização da compra de votos. Tudo em nome da lisura na escolha de prefeitos, vereadores, deputados, senadores, governadores de estados e presidente da República.
Na atual eleição, em que haverá escolha de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores dos 5.570 municípios brasileiros, a todas as inovações impostas pela Justiça Eleitoral se soma, também, o novo conceito de convívio social imposto pela pandemia do Novo Coronavírus, que provocará um distanciamento ainda maior entre o político e eleitor.
Sem a possibilidade de realização nem mesmo das pequenas reuniões e minicomícios permitidos pela legislação em vigor, a campanha será realizada pelas redes sociais, que terão, seguramente, o papel mais importante no convencimento do eleitor. Em síntese, quem tiver melhor domínio das ferramentas disponibilizadas pela Internet terá melhores chances de se sair bem no pleito que se avizinha.
Quem viver verá!