O que você costuma fazer no seu tempo livre? É comum cada um ter seu hobby. Ler, ouvir música, tocar algum instrumento, fazer exercícios ou ainda desenvolver trabalhos manuais. A Celina, colaboradora da arrecadação da CCR MSVia, se encaixa nesse último caso.
Natural e residente em Rio Verde de Mato Grosso, Celina Garcia Leal trabalha na praça de pedágio desde 2015, mas a paixão pelo artesanato vem de muitos antes. Apaixonada por decoração, ela conta que sempre teve muita facilidade para artes manuais, talento que a fez ser conhecida no círculo de amigos, principalmente confeccionando bonecas de pano.
“Quando criança, as bonecas que a gente tinha eram aquelas de sabugo de milho. Sempre quis uma boneca de pano e por isso tinha curiosidade pra saber como eram feitas. Porém, como minha mãe trabalhava muito, não tinha tempo pra me ensinar a fazer. Depois que cresci fui atrás para aprender como é que se fazia”, conta. E ela aprendeu. Com o passar dos anos e em constante aperfeiçoamento, Celina fez para as filhas as bonecas que não pôde ter quando criança.
A paixão por bonecas é tão grande que, certa vez, numa viagem a passeio em Florianópolis, passou em frente a uma loja que estava oferecendo um curso que ensinava a confeccionar bonecas de uma maneira que até então ela não conhecia. “Eu gostei muito das bonecas e então decidi participar para fazer uma para poder dar de presente para minha sobrinha. No fim, além de entregar a dela de presente, todas as outras que eu fiz usando essa técnica, eu vendi”.
Conciliando os horários de trabalho em escala com o tempo livre, em média, ela cria e entrega cerca de quatro bonecas por mês. Entre os materiais e ferramentas utilizados estão manta acrílica, tecidos, tintas, linhas, acessórios, botões, entre outros que são costurados com muito amor, capricho e criatividade na máquina de costura.
“Fico admirada com as pessoas elogiando meu trabalho, me sinto valorizada em saber que a gente está contribuindo com alguma coisa que muitos acham fácil de fazer, mas que na verdade exige muita dedicação e capricho. Cada boneca que eu faço tem uma coisa específica, uma particularidade, assim como cada pessoa. Pra mim é uma terapia”.
Ainda sem perfil nas redes sociais pra divulgar seu trabalho, Celina explica que a agenda de pedidos está sempre cheia. “O pessoal me pede pessoalmente ou pelo telefone, mesmo porque os pedidos são aqui de Rio Verde. Mas se tiver alguém de fora que queira fazer um pedido especial, a gente dá um jeito”, afirma.