O desafio de combater o crime por meio de operações preventivas e repressivas é um dos mais complexos que o governo de Mato Grosso do Sul enfrenta em toda a sua história. São duas fronteiras (Paraguai e Bolívia) e cinco divisas interestaduais (Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás), a maioria com dezenas de caminhos sem vigilância por causa da extensão e, por isso, largamente utilizadas pelas quadrilhas do crime organizado.
Para atacar esse problema, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) dedica-se desde o seu primeiro ano de mandato a um ininterrupto exercício de planejamento e de inteligência gerencial para ajustar a cada momento as linhas mestras da política pública de segurança. E a fórmula vem correspondendo à expectativa, conforme evidenciam os demonstrativos de desempenho do Estado, várias vezes reconhecidos pelos indicadores nacionais especializados.
Os investimentos nos programas e intervenções da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) são realinhados a cada ano. É um orçamento de guerra, como bem define o governador. Para o titular da Sejusp, Antonio Carlos Videira, foi o acerto dos investimentos que melhorou sensivelmente o trabalho das polícias em Mato Grosso do Sul. “Isso tem colocado em xeque o crime organizado e suas ramificações, como os tráficos de drogas e de armas”, assinala.
ESTADO SEGURO
Os investimentos maciços em viaturas, armamentos e inteligência contribuíram para o aumento de apreensões, item que faz do Estado um dos mais seguros do Brasil. No radar de investimentos de 2020, a Sejusp tem mais de R$ 50 milhões direcionados para a aquisição de 500 novas viaturas. Parte desses veículos foi entregue na última terça-feira (4) por Reinaldo Azambuja. São 78 viaturas para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, que vão atender 20 cidades.
Esses automóveis são comprados com recursos próprios do governo estadual e contrapartida de emendas parlamentares. O governador cita que a União e os fundos de Segurança Pública também destinam dinheiro para a aquisição de caminhonetes, motos e outros automóveis. “Assim, juntando todos os esforços, estamos conseguimos avançar em logística de transporte, de tecnologia e de armamentos para o Estado”, exultou.
Mato Grosso do Sul já sente o efeito dos investimentos. No primeiro semestre deste ano, as forças de segurança do Estado apreenderam 316,81 toneladas de drogas – maconha, cocaína, ecstasy e outros tipos de entorpecentes. O volume total registrado nos seis primeiros meses de 2020 é 77,63% maior se comparado com as apreensões feitas durante todo o ano de 2019.
A média mensal de apreensões de janeiro a junho foi de 52,80 toneladas. A quantidade é considerada pelas autoridades como o melhor resultado dos últimos cinco anos: em 2019 foram apreendidas 30,79 toneladas/mês; em 2018, um total de 28,25 toneladas/mês; em 2017, 31,74 toneladas mensais; e em 2016, 24,64 toneladas por mês. Para o governador, o recorde é fruto do trabalho integrado e aperfeiçoamento da inteligência das polícias.
“Mato Grosso do Sul é considerado um dos estados mais seguros do País mesmo sendo de fronteira (com Bolívia e Paraguai) e enfrentando questões do tráfico internacional de drogas e de armas”, pontuou Reinaldo Azambuja. Trabalhando em conjunto com as Forças Armadas e os ministérios Defesa (MD) e da Justiça e Segurança Pública (MJSP), o Estado “avança em operações que dão resultado à sociedade sul-mato-grossense”, destacou o governador.
Uma dessas operações, realizada no dia 2 de agosto, resultou na interceptação de duas aeronaves no espaço aéreo de Mato Grosso do Sul. Os aviões fizeram pousos forçados nas cidades de Ivinhema e Rondonópolis (MT). Uma tonelada de cocaína foi apreendida.