Desencadeada por meio de um decreto de emergência do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a Operação Pantanal II foi desmembrada para reforçar o combate aos incêndios florestais nas regiões pantaneiras localizadas em Mato Grosso do Sul e no vizinho Mato Grosso. Parte da estrutura humana e operacional montada em Corumbá – com aeronaves, bombeiros e brigadistas – foi designada para atuar em Poconé (MT).
Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), explicou que com a nova estratégia operacional o governo busca maior eficiência no combate aos focos de calor no bioma, considerando o Pantanal como um todo. “Hoje, os incêndios de maior proporção ocorrem na parte Norte de Corumbá e na região de Poconé, próximos à divisa entre os dois estados”, assinalou.
Segundo o secretário, a abrangência da ação integrada, com o apoio dos ministérios da Defesa e do Meio Ambiente, atende também questões de logística, sendo fundamental a instalação de uma nova base operacional no lado mato-grossense devido à distância de Corumbá em relação à área que concentrava os combates terrestres e aéreos. “A coordenação continua com o 6º Distrito Naval da Marinha, em Ladário”, informou.
PLANEJAMENTO
Segundo Verruck, as mudanças na Operação Pantanal II resultaram de uma nova ação, adequadamente planejada para debelar os incêndios, que em Mato Grosso, consomem grandes extensões de vegetação em regiões como as de Porto Jofre e na RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) do Sesc Pantanal, que possui 108 mil hectares. O fogo também avançou pelo entorno da Serra do Amolar, ao Norte de Corumbá.
A coordenação da operação decidiu que bombeiros militares, marinheiros e brigadistas do Ibama de Mato Grosso do Sul reforçarão a tropa de combate direto aos focos de calor no estado vizinho. Em Corumbá, as ações continuam sem alterações. O comando operacional fica no quartel do Corpo de Bombeiros, com o apoio aéreo dos helicópteros Pantera, do Exército, e Esquilo, da Marinha.
O VI Distrito Naval, base da Marinha em Ladário, esclareceu que as decisões tomadas com representantes das Forças Armadas, Ibama e Corpo de Bombeiros são “frutos da extensão da área de abrangência da operação e da constatação de que os focos de incêndios mais intensos são registrados na porção Sul de Mato Grosso e Norte de Mato Grosso do Sul”. O objetivo, ressalta a nota, “é garantir os esforços no combate aos focos em ambos os estados”.
As ações integradas, conforme a declaração do comando naval, “estão sendo ampliadas e a decisão de alterar o local dos centros de coordenação tem o propósito de buscar a economicidade no emprego dos meios, haja vista a proximidade da região do SESC Pantanal com os pontos considerados mais críticos”. A Marinha ressalta que as aeronaves e equipes mantidas em Corumbá e Ladário poderão ser empregadas de acordo com as necessidades.