O ensino remoto foi a alternativa encontrada para escolas e instituições de ensino em todo o País como forma de não interromper as aulas durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). No entanto, na educação profissional o aluno aprende colocando a mão na massa e os cursos exigem etapas presenciais, que deverão ser retomadas seguindo as recomendações e melhores práticas de órgãos internacionais e nacionais para orientar o retorno seguro à escola.
Pensando nisso, o Senai Nacional elaborou, com médicos do trabalho, epidemiologistas, engenheiros de saúde e segurança no trabalho, psicólogos e outros especialistas, um protocolo com critérios de saúde e segurança a serem seguidos, além de reforçar a necessidade de se seguir as normas das autoridades sanitárias do município e da unidade da Federação em que estão localizados.
Em Mato Grosso do Sul, o Senai já conseguiu retomar as aulas presenciais nas unidades de Aparecida do Taboado, Maracaju, Naviraí, Sidrolândia, Sonora e Três Lagoas. “Essas aulas presenciais são somente para as atividades práticas e com 30% da capacidade do ambiente e não são obrigatórias. Foi uma forma que encontramos de não prejudicar os alunos, mas aqueles que integram o grupo de risco não participam e quem não se sente seguro para voltar presencialmente também não é obrigado”, explicou o gerente de gestão em inovação e tecnologia do Senai, Leandro Schneider.
Para que isso fosse possível, cada unidade protocolou na Prefeitura do respectivo município um plano de biossegurança para o retorno das aulas práticas. “Utilizamos o plano do Senai Nacional como base, mas com as particularidades de cada região. Entre as principais medidas adotadas estão a obrigatoriedade do uso de máscara, aferição de temperatura para qualquer pessoa que entre no prédio, demarcações das áreas que podem ser utilizadas pelos alunos, garantindo o distanciamento, bloqueio de bebedouros e higienização constante de todos os ambientes”, elencou Leandro Schneider.
Ele ressaltou que cada município de Mato Grosso do Sul tem suas peculiaridades e as realidades com relação ao avanço da Covid-19 são diferentes. “Sabemos que passamos por um momento delicado e o retorno às aulas de cada unidade vai depender da aprovação das prefeituras conforme a evolução da doença. Estamos preocupados em oferecer uma formação completa, com carga-horária teórica e prática, mas nosso foco nesse momento é a saúde de nossos alunos e colaboradores. Não retornaremos por completo enquanto não houver condições mínimas para garantir a segurança de todos”, finalizou.