Em continuidade às ações de apoio ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Senai entregou, nesta terça-feira (30), oito respiradores à Secretaria Estadual de Saúde. Os equipamentos passaram por manutenção em uma estrutura instalada temporariamente no Senai Empresa, em Campo Grande (MS), e que foi adaptada especialmente para o reparo dos equipamentos.
Acompanhados do diretor-regional do Senai, Rodolpho Mangialardo, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, e o secretário municipal da pasta, José Mauro de Castro Filho, conheceram o local e, após a assinatura do termo de devolução, afirmaram que os equipamentos foram entregues no momento em que se considera a necessidade de expansão do número de leitos para o atendimento a pacientes graves da Covid-19.
“A demanda por leitos é crescente devido à expansão da doença do nosso Estado. Esse apoio do Sistema Fiems e do Senai possibilita, na escassez desses equipamentos no mercado, que as unidades de saúde do nosso estado tenham condições de atender a todos e aumente as chances de recuperarmos mais pacientes. Seremos eternamente gratos por esse trabalho”, disse Geraldo Resende.
O secretário municipal de Saúde de Campo Grande acrescentou que o reforço vem em boa hora também porque os preços dos respiradores dispararam no mercado desde o início da pandemia. “No momento em que os preços estão praticamente cinco vezes maiores de que os valores de mercado, o conserto desses respiradores que estavam impossibilitados de ser utilizados vai aumentar a expansão de leitos”, analisou José Mauro, exemplificando que um respirador fixo de alta complexidade, como o que passou pela manutenção do Senai, antes custava em torno de R$ 60 mil, e hoje não é encontrado por menos de R$ 200 mil.
O diretor-regional do Senai, Rodolpho Mangialardo, disse que concretizar a entrega dos respiradores traz a sensação de dever cumprido. “É uma felicidade para o Senai poder devolver respiradores que estavam sem uso nos hospitais do estado. O nível de aproveitamento dos equipamentos que recebemos da SES chega a quase 100%, o que também comprova a expertise da equipe técnica do Senai, com apoio de voluntários, e o compromisso firmado desde o início da pandemia, que é o de ajudar a salvar vidas”, ressaltou.
Nesta primeira etapa de devoluções dos respiradores à SES, foram entregues oito respiradores e somente um deles, em um universo de 16, foi considerado inservível, ou seja, não é possível consertar, ou porque é muito antigo ou porque precisa de muitas peças novas e o custo da manutenção acaba sendo inviável. Outros sete respiradores ainda estão em fase de calibração para serem devolvidos aos hospitais. Desde o início da pandemia, o Senai já recebeu 120 equipamentos para conserto e, desses, 94 já foram recuperados, 12 ainda estão em manutenção e dez foram descartados.