O inverno está chegando (inicia oficialmente neste sábado, dia 20 de junho) e, junto à época, o aumento dos diagnósticos de doenças respiratórias. Neste período de baixas temperaturas e pandemia da Covid-19 os cuidados com a saúde devem ser redobrados.
Otorrinolaringologista e cooperado da Unimed Campo Grande, Dr. Bruno Higa Nakao, conta que as doenças mais comuns nesta estação são: gripe, rinites alérgicas, asma e bronquite. “Os casos neste período aumentam por conta da tendência de aglomerações em casa, trabalho e escolas (antes da pandemia), e também porque a exposição à temperatura baixa tende a aumentar a formação de secreções nasais e, consequentemente, o paciente pode apresentar tosse e obstrução nasal”, explica Nakao.
Também médico otorrinolaringologista da cooperativa médica, Dr. Celso Nanni Junior, completa dizendo que “no inverno as pessoas tendem a ficar em ambientes fechados para não ter a entrada de ar gelado, e, com isso, aumenta a presença de poeira, por exemplo. Sem contar que se alguém neste ambiente estiver contaminado com algumas dessas infecções, as chances de contágio são maiores”.
Dr. Celso ainda enfatiza que “é importante, para evitar contágios, ter uma boa higienização, lavando as mãos e limpando os ambientes com pano úmido, escovar animais de estimação fora do ambiente de casa, para não ter perda de pelo no local, e na medida do possível deixar a janela aberta para ter troca de ar em um horário que esteja mais quente, pois o sol ajuda a eliminar vírus e bactérias”.
Sobre o risco de contaminação pelo novo coronavírus nesta época do ano, Dr. Nakao explica que “quanto maior a densidade populacional em um determinado local, maior será o risco de transmissão, seja qual for o tipo de vírus respiratório”.
Dr. Nakao ainda alerta que é necessário prestar atenção aos sintomas, pois há semelhanças entre sintomas de doenças respiratórias e os da Covid-19. “A grande maioria das pessoas que apresenta a doença do novo coronavírus, assim como de outros vírus respiratórios, tendem a ter quadros de congestão nasal, coriza e espirros. De forma mais intensa, pode apresentar febre alta e dores no corpo. Porém, em casos severos, evoluem com tosse e falta de ar, e, apresentando estes dois últimos sintomas, deve-se procurar ajuda imediata, seja com o médico de confiança ou através do pronto-socorro”.
“Quem tem asma, por exemplo, pode ter crises de falta de ar, e este paciente já está acostumado a, se necessário, usar uma medicação para controle, mas se a crise não melhorar com o remédio, o paciente deve ser avaliado”, finaliza Dr. Celso.