O engenheiro, empresário e dirigente político Sérgio Murilo Mota há tempos vem acompanhando, de perto e preocupado, a situação do Rádio Clube, um dos mais tradicionais do gênero em Mato Grosso do Sul. E, ao ser procurado por sócios dispostos a devolver a Campo Grande este que é um dos patrimônios históricos da sociedade local, não hesitou em atender ao apelo para disputar a presidência do RC nas eleições inicialmente agendadas para o próximo dia 13.
Nesta entrevista à FOLHA, Sérgio Murilo define a fonte de sua confiança no êxito do projeto: o perfil dos membros da chapa “Juntos Pelo Rádio”, a coesão do grupo e o empenho com que os associados se mobilizam para levar adiante as propostas de gestão. “São pessoas identificadas com o clube, com a sua história, com sua grandeza”, enfatiza. Para ele, esse grau de envolvimento e de participação faz a diferença.
Sérgio Murilo tem, pessoalmente, reconhecidos lastros de experiências bem-sucedidas nas áreas em que atua como engenheiro, empresário e dirigente político. Ele faz questão, no entanto, de não misturar a gestão do clube com a política. O RC é de todos os sócios e é para esse conjunto diverso de pessoas que a sua gestão se propõe a trabalhar.
Entre as prioridades, Sérgio Murilo destaca o propósito de lutar pelo resgate das grandes tradições do RC, como o Baile do Havaí, festas e as atividades esportivas. No que diz respeito aos associados, a ideia central é fortalecer os vínculos de cada um com o clube e oferecer a mais ampla cobertura associativa, pensando, por exemplo, na busca de parcerias para diminuir os custos operacionais e na adequação às receitas.
FOLHA DE CAMPO GRANDE – Empresário bem sucedido, dirigente regional de um partido político e agora candidato a presidente do Rádio Clube. O que o levou a esta disputa?
SÉRGIO MURILO – Basicamente, o apelo de um grande grupo de amigos que se preocupa com o Rádio Clube.
SM – Sim, sou gestor experimentado. Veja que exerço a atividade de gestão de grupo empresarial com espectros de disciplinas distintas, ou seja, setor imobiliário, tecnologia da informação, construção pesada, pecuária. Diante disso, estou preparado para decidir em menor tempo pelo melhor para os sócios. Estarei contribuindo enormemente para cumprir os nossos objetivos com os sócios.
FCG – Hoje, o Rádio tem como atividade social basicamente os jogos de futebol e o tênis, sendo que historicamente um ponto forte era a variedade de esportes e o sucesso nas competições. Como resgatar esse perfil?
SM – Sabemos que a perda dos esportes olímpicos do clube decorre de falta de recurso ou de credibilidade da gestão em busca de patrocinadores que incentivem isso. E hoje vejo que muitos sócios estariam dispostos a contribuir neste sentido. Entendo que com os sócios motivados, juntos, seremos capazes de incrementar esse desejo. O momento é agora!
FCG – Dos grandes eventos que fizeram época, como o carnaval, os concursos de miss, os desfiles de moda e as grandes recepções, o que ainda pode voltar com a mesma força?
SM – Tenho conversado muito com o grupo que me apoia nesta empreitada. E sinto quase uma unanimidade na volta, por exemplo, do Baile do Havaí. Mas faremos o máximo de esforço para que sejam reimplementadas todas as tradições do Rádio Clube.
FCG – O déficit financeiro é elevado. Como será resolvido esse gargalo sem penalizar os sócios?
SM – Vamos nos adequar às receitas. Porém, mais imediatamente iremos buscar junto ao mercado parcerias que contribuam com a diminuição dos custos operacionais. E aí está a importância da credibilidade deste grupo.
FCG – Porque Ronaldo Gaeta de vice?
SM – Dentro do grupo foi quem se apresentou com a maior disponibilidade de tempo a ser doado para o Clube. E com mais uma característica ímpar: é um apaixonado pelo clube. Ele está muito mais maduro como pessoa, tem muito a nos ajudar. Eu tenho muita proximidade com ele.
FCG – Suas considerações finais, por favor…
SM – Preciso que o sócio do Rádio Clube compreenda que estará apostando em um grupo determinado a mudar o perfil com que o Rádio se encontra hoje. E também que seremos a melhor opção neste momento, porque somos um grupo coeso, ativo e identificado com o clube. Diante disso, peço a reflexão de todos os sócios para votar na chapa “Juntos Pelo Rádio”.