O deputado Barbosinha defendeu a transformação do prédio em que funcionou, até o começo do mês, o hipermercado Extra em Dourados, em uma espécie de ‘hospital de campanha’, local destinado para o atendimento emergencial de combate à pandemia em que se transformou o alastramento do coronavírus.
Hospital de campanha, na linguagem militar, trata-se de uma unidade móvel, que reúne pessoal, equipamentos e instalações para prestar atendimento em áreas em que o apoio à saúde é vital, mas não está disponível, ou é precário e limitado nos estabelecimentos locais de atendimento.
Na sexta-feira (20), o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que infecções por coronavírus deverão disparar no Brasil entre os meses de abril a junho. “A gente deve entrar em abril e iniciar a subida rápida [de infecções]. Essa subida rápida vai durar o mês de abril, o mês de maio e o mês de junho, quando ela vai começar a ter uma tendência de desaceleração de subida”, afirmou Mandetta.
Os casos de transmissão de Covid-19, infecção causada pelo coronavírus, deverão perder velocidade a partir de julho e, em agosto, é esperado que as ocorrências comecem a cair. “O mês de julho, ela deve começar um platô. Em agosto, esse platô vai começar a mostrar tendência de queda. Em setembro é uma queda profunda, tal qual foi uma queda de março na China. Esse é o cenário que o mundo ocidental está trabalhando”, disse o ministro.
“Essa preocupação do amigo ministro Mandetta é a mesma com a que compartilhamos com os douradenses. Não podemos descuidar dos riscos iminentes de uma contaminação geral e penso que, neste momento, a estrutura de Saúde existente em Dourados é insuficiente para cobrir o alastramento que se anuncia do coronavírus”, disse Barbosinha.
KITS PARA TESTES
Outra preocupação do deputado é com relação aos kits para testes em casos suspeitos da doença. “As pessoas que procuram as unidades de saúde não encontram os instrumentos necessários para detectar o vírus”, observa o parlamentar, ao elogiar o anúncio de que o Governo vai comprar, em caráter emergencial, 200 kits de testes de coronavírus que vão possibilitar a realização de 10 mil exames de detecção da doença.
“São medida providenciais, porque não podem faltar os insumos utilizados pelo Laboratório Central de Mato Grosso do Sul (Lacen/MS) no diagnóstico da Covid-19. Nesse momento, além de conscientizar a população para que não deixem suas casas, é responsabilidade das autoridades oferecer o suporte necessário para estancar a propagação do vírus e devolver a tranquilidade da nossa gente”, afirma Barbosinha.