Janeiro, 2020. Dentro de uma semana finda o primeiro mês do ano novo e com ele se vão a pasmaceira e todas as formas possíveis de paralisia ou frouxidão no serviço público e em grande parte das atividades econômicas. Resta ainda, à frente, um rescaldo inevitável da folga nacional com o carnavalesco fevereiro e suas brechas para emendar os feriados.
Apesar disso, já é possível delinear o quadro de possibilidades para os próximos meses brasileiros, considerando as projeções especializadas na economia e na política. A visão que se tem do amanhã não é tão turva como sugere a conjuntura de crises, uma sobre a outra. Há indícios alvissareiros em nichos da economia de mercado, mesmo com o desemprego e a dívida pública, entre outros fatores, pressionando principalmente as contas domésticas e os poderes.
Para visualizar minimamente o Mato Grosso do Sul que teremos, é necessário dar uma olhada no panorama nacional e seus desenhos estimativos. O Fundo Monetário Internacional (FMI) acaba de revisar sua análise de crescimento do Brasil e a elevou. O relatório da sua Perspectiva Econômica Global recém-divulgado aponta um crescimento de 2,2% neste ano, ou 0,2 ponto percentual a mais do que no relatório de outubro.
Para 2019 também houve melhora da projeção, de 0,3 ponto, a 1,2%. No ano passado a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) havia revisado as perspectivas de crescimento para o Brasil em 2019 e 2020. Constatou que a economia tupiniquim se recuperava e estimou e manteve a confiança de que as reformas estruturais apoiam a confiança dos investidores.
E ao fazer o recorte federativo, entrando na questão dos estados, Mato Grosso do Sul merece um olhar diferenciado. Antes de tudo, é essencial avaliar a engrenagem toda, na qual rodam peças das economias do Brasil e dos países da América Latina, ambas no território de avanço para os mercados de outros continentes, especialmente Ásia, África e Europa.
Segundo o FMI, as perspectivas melhores para o Brasil compensam revisões para baixo do crescimento do México em 2020 e 2021, além de uma forte redução para o Chile após manifestações sociais. A estimativa de crescimento da América Latina é de 1,6% em 2020 e 2,3% em 2021, respectivamente cortes de 0,2 e 0,1 ponto percentual.
É indiscutível, pois, que Mato Grosso do Sul tem projeções das mais alentadoras para destacar-se com seus níveis de crescimento, que já são bem visíveis e podem ser maiores e melhores. O parâmetro de melhora é o desempenho de fatores determinantes como a empregabilidade e a sustentabilidade.
As políticas de retomada do crescimento e geração de empregos implementadas pelo governo de Reinaldo Azambuja seguem este parâmetro. A sua gestão opera, com inteligência e planejamento, na execução de políticas transversais, envolvendo todas as áreas governativas num único processo de construção do desenvolvimento humano e sustentável, atraindo investimentos, diversificando a economia e habilitando todas as atividades produtivas de acordo com vocações regionais.
Pagar em dia a folha do funcionalismo, desembolsando em 45 dias os salários de novembro, dezembro e 13º, é uma obrigação mantida desde o primeiro ano de governo. Mas já passou. O que não passou, por ser um giro dinâmico da engrenagem, é o avanço na política de crescimento.
É dentro deste mecanismo de gestão que estão contempladas todas as necessidades da população sul-mato-grossense, do salário em dia do servidor ao atendimento qualificado na saúde e na educação. Que venha 2020!
GERALDO SILVA