Com o auditório do Hospital Cassems de Campo Grande cheio iniciaram as aulas para o aprendizado da linguagem de Libras para mais de 30 colaboradores da Cassems e do HCCG. O intuito do curso é capacitar os colaboradores que trabalham nas recepções para o atendimento aos beneficiários surdos. O curso é uma iniciativa de um projeto que está sendo desenvolvido no Planejamento Estratégico do Hospital e nasceu da necessidade de atender melhor a esses usuários, visto que em muitos momentos há dificuldade de comunicação quando uma pessoa surda necessita de atendimento médico.
Na primeira aula, o instrutor de Libras, José Batista dos Santos, fez uma introdução sobre a cultura e a identidade dos surdos, os termos que devem ser usados e as formas mais adequadas de comunicação por meio do uso de Libras, além do aprendizado dos principais sinais em aulas práticas. “Esse é um passo muito importante que estamos dando. Com a capacitação, nossos colaboradores poderão oferecer um atendimento melhor, com qualidade e humanizado”, considera o instrutor.
Para os colaboradores, participar da capacitação é uma forma de agregar conhecimento tanto na área profissional quanto na área pessoal. Para Thaís Ferreira Martins de Oliveira, o treinamento é uma forma de melhorar o dia a dia dentro do hospital. “É um conhecimento que vai me permitir ajudar alguém que busca solução para um problema de saúde e que nem sempre consegue um atendimento adequado porque é muito difícil se comunicar”, explica a colaboradora.
Sheston Márcio da Costa, coordenador do Almoxarifado do Hospital Cassems de Campo Grande, conta que no setor que coordena possui um colaborador surdo e que ter as noções de como se comunicar corretamente com o funcionário é de suma importância. “Eu penso que o aprendizado deve ser constante. Eu vejo essa capacitação como um marco para o hospital, primeiro porque a instituição entende o quanto é importante esse conhecimento para que possamos oferecer um atendimento melhor. Esse é um aprendizado que vou levar para o resto da minha vida, para a minha casa, ensinar para os meus filhos e praticar no dia a dia da minha profissão”, avalia.