Comemorado no dia 29 de agosto, o Dia Nacional de Combate ao Fumo, instituído em 1986, visa sensibilizar a população sobre os danos que o fumo pode causar à saúde.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. Dados do INCA revelam ainda que 10% dos fumantes chegam a reduzir sua expectativa de vida em 20 anos, já que a prática pode causar muitas doenças.
O Instituto Nacional do Câncer mostra que os produtos de tabaco matam seis em cada dez consumidores. Todos os anos sete milhões de mortes são causadas pelo tabagismo. No Brasil, 428 pessoas morrem por dia por causa da dependência a nicotina.
São inúmeros os problemas de saúde causados pelo tabagismo, como taquicardia, hipertensão, arritmia, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, impotência, câncer de boca e de pulmão, entre tantos outros.
“Todas essas doenças ocorrem em decorrência do tabagismo porque ele é uma dependência química grave que, em pouco tempo, gera uma sensação de prazer e bem-estar”, explica a médica pneumologista da Unimed Campo Grande, Dra. Sônia Regina Greguer Fernandes.
Além de problemas de saúde, o hábito de fumar compromete também a vida social das pessoas.
“A maioria das pessoas que não fuma e tem fumantes no seu ciclo de relacionamentos, seja de amizade ou conjugal, reclama do cheiro, da fumaça e do gosto amargo”, pontua a psicóloga Thayla Sandim.
Fumante por quase 23 anos, Marcelo Pereira, de 38 anos, fala das mudanças na sua vida depois que abandonou o cigarro.
“Quando fumava sentia muita fadiga, dificuldade para dormir e para acordar. Quando decidi parar, procurei ajuda médica e com muito esforço, dedicação e com o apoio da Thayla, minha psicóloga, consegui deixar de fumar. Hoje acordo muito mais disposto, sem dores no corpo, sem fadiga, minha respiração mudou, o hálito é mais saudável, enfim, tenho mais qualidade de vida”, descreve Marcelo.
A psicóloga alerta que para quem decide parar de fumar, o ideal é procurar a ajuda de um especialista. “Nesse momento é importante ter o acompanhamento de um especialista, porque é ele quem vai identificar o tipo de dependência do fumante, se fisiológica, causada pela nicotina, se psicológica ou se é uma dependência comportamental. Assim, é possível prescrever a melhor forma de tratamento para que essa pessoa deixe de fumar e não tenha recaídas”, conclui.