Onze jovens em cumprimento de medidas socioeducativas com restrição de liberdade na Unidade Educacional de Internação (Unei) Dom Bosco receberam na quinta-feira (30) o certificado de conclusão do curso Ocupações Administrativas, realizado no âmbito do projeto Medida de Aprendizagem. A formatura ocorreu na Escola do Sistema Único de Assistência Social Mariluce Bittar, em Campo Grande.
A qualificação nesse formato é pioneira no Estado de Mato Grosso do Sul e oportuniza aos jovens tanto habilidades técnicas quanto perspectivas de reintegração social com o ingresso no mercado formal de trabalho.
As aulas foram ministradas pelo Centro de Integração Empresa-Escola entre outubro de 2018 e maio deste ano, nas dependências da Unei Dom Bosco, onde os jovens estão acolhidos. As atividades ocorreram de segunda a sexta-feira, totalizando 20 horas semanais. Além de aprender uma profissão, os jovens tiveram a carteira de trabalho assinada e receberam salário depositado em uma conta judicial, bem como outros direitos sociais.
O conteúdo programático passou por uma variedade de temas vinculados à cidadania e ao mundo do trabalho: relacionamento interpessoal, contexto digital e tecnologia, gestão na organização empresarial, competências pessoais, responsabilidade social e ambiental das empresas, projeto de vida e planejamento, e valores como honestidade, ética e respeito.
O amparo aos adolescentes egressos das medidas socioeducativas supera o período do curso. Eles são cadastrados na Fundação Social do Trabalho e Emprego para vagas em suas cidades de origem. Também encaminhados ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social, que presta serviços a famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade ou risco social.
A iniciativa é fruto de parceria do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul com o Governo Estadual, por meio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública e da Superintendência de Assistência Socioeducativa, com o Ministério da Economia, por intermédio da Superintendência Regional do Trabalho, com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, mediante interveniência da Coordenadoria da Infância e Juventude, além do Ministério Público Estadual e Defensoria Pública Estadual.